A partir da próxima segunda-feira (6), os alunos da rede pública de ensino de Santa Catarina serão chamados para estudar em casa, por meio da internet, pelo tempo que durarem os decretos que proíbem aglomerações como forma de combate à pandemia de COVID-19. A medida foi anunciada pelo secretário de Educação do Estado, Natalino Uggioni, durante entrevista ao Direto da Redação na manhã desta sexta-feira (3), e vem na esteira da Medida Provisória (MP) publicada pelo governo Federal nesta semana que autoriza a redução excepcional de dias letivos no Brasil.
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Os professores que vão ministrar as aulas pela internet estão sendo capacitados neste final de semana e a partir de segunda devem começar a transmissão dos conteúdos programáticos. A ideia, segundo o secretário, é usar a tecnologia para cumprir a carga horária exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Pelo texto, o ano letivo no país deve ter 200 dias ou 800 horas-aula.
– Nós não sabemos por quanto tempo vamos ficar sem aulas presenciais. Dessa forma, vamos contabilizar as horas-atividade e não mais os duzentos dias. Esse tempo será apontado pelos professores para que nós cumpramos o que diz a LDB – explicou.
Ainda não está definida a forma como os conteúdos serão apresentados nem como as atividades serão cobradas dos alunos. Há a possibilidade de que equipes das escolas levem conteúdos para os estudantes em casa e considera-se ainda que alunos com internet em casa convidem outros, sem a tecnologia, para estudarem juntos. Na visão do secretário, isso não pode ser considerado "aglomeração" porque a secretaria "limita a dois" a quantidade de alunos juntos.
– A estrutura da Google for Education, que já usamos em algumas escolas, vai ser aplicada e nós estamos trabalhando para que, até o final do decreto, tenhamos a adequação completa dos professores e das turmas para trazer todos para o mesmo patamar – disse.
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O secretário afirmou que o plano ainda está sendo construído e mais detalhes sobre a execução da estratégia devem ser apresentados nos próximos dias. A assessoria de comunicação da secretaria informou à reportagem que os alunos "começarão a ser buscados na segunda-feira" e que "há meios para isso", sem detalhá-los.
Ouça a entrevista: