Hoje, feriado nacional, não tem aula: um alívio para muitos alunos. Nem porque eles vão dar um tempo nos estudos. É porque em alguns colégios não há aparelhos de ar-condicionado, e assim fica difícil para aguentar as altas temperaturas.

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Na Escola de Educação Básica Governador Ivo Silveira, em Palhoça, com cerca de 1.700 alunos, foram realizados protestos ao longo desta semana devido à falta dos aparelhos. Os jovens se recusam a ficar nas salas. Muitos passam mal devido ao calor intenso. A unidade passa por reformas, que estão na fase final. Segundo a direção da escola, o secretário estadual de Educação Eduardo Deschamps visitou o local no início do mês passado e disse que havia a chance das salas receberem os equipamentos em 20 dias – esse prazo terminou há mais de um mês.

Em fevereiro, o jornal Hora de Santa Catarina já havia apontado o problema, usando o termo “saunas de aula” e alertando que apenas dois ambientes eram climatizados: a diretoria e a sala dos professores.

Outra escola estadual em Joinville tem os equipamentos de ar-condicionado colocados na salas. O problema é que a instalação elétrica do local não suporta todos funcionando ao mesmo tempo. Assim, dos dezoito aparelhos, no máximo dez podem ficar ligados simultaneamente – parte deles fica no setor administrativa do colégio. Os estudantes reclamam.

Neste caso, o cabeamento deve ser trocado, e a Celesc precisa aprovar o projeto. Sobre as escolas estaduais sem ar-condicionado, a Secretaria de Educação diz que está firmando um contrato com o Governo Federal para adquirir os aparelhos, mas ainda não há previsão de quando isso vai acontecer.

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Já em uma escola municipal de Joinville, estuda Natália da Silva, de nove anos, que antes morava em São Paulo. Ela gosta do colégio, mas o calor e a falta de ar-condicionado incomodam.

Os aparelhos estão colocados; o problema é que a rede elétrica não oferece condições para que eles sejam ligados. A Celesc precisa instalar uma subestação. Wilson Krieger, avô da menina, espera que a situação seja resolvida.

A Prefeitura de Joinville diz que a licitação para instalar a subestação está parada porque uma das empresas recorreu na Justiça, questionando o resultado.

*reportagem com apoio de material da RBS TV