No primeiro dia de greve dos professores da rede estadual de ensino, a maior manifestação em Joinville partiu dos alunos. Estudantes do terceiro ano da escola estadual Maestro Francisco Manoel da Silva, no bairro Vila Nova, não perderam tempo e se reuniram em frente à escola, às 7h30, para mostrar solidariedade aos professores.

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Até às 9 horas, os jovens exibiram faixas para chamar a atenção da comunidade ao movimento.

A adesão alcançou 250 profissionais em Joinville e região, nas contas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), pouco acima de 10% do total, e nenhuma escola fechou as portas totalmente. A coordenadora regional do Sinte, Clarice Erhardt, avalia o movimento como bom e diz que a tendência é de crescer nos próximos dias.

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Já nas contas da gerência regional de Educação, a greve mobiliza 99 professores, ou seja, em torno de 4% dos 2.349 docentes ativos da região Norte.

Balanço

Com base nos números divulgados pela gerência em relação às 64 unidades de ensino da rede estadual da região Norte, os 99 professores que paralisaram as atividades são profissionais da educação lotados em 23 escolas dos oito municípios. Em Joinville, são 19 unidades em greve entre as 40 em funcionamento.

Segundo a gerência, as escolas com maior número de profissionais paralisados são: Tufi Dippe, 17; Jorge Lacerda, 15; Paulo Medeiros, 11; Elvira Faria Passos, nove; e Guilherme Zuege, seis.

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Assembleia

Na próxima sexta-feira, será realizada a primeira assembleia regional dos trabalhadores durante o período de greve. O evento está marcado para às 10 horas no sindicato dos servidores públicos de Joinville (Sinsej).

A pauta contempla vários pontos. A categoria quer saber como o governo vai pagar o reajuste de 13% definido nacionalmente pelo MEC, discorda da incorporação de regência de classe, quer manter os profissionais de nível médio na carreira de magistério e regulando o piso salarial e, ainda, pede a manutenção da isonomia salarial entre professores contratados temporariamente e efetivos.