Depois da aula de Matemática, uma de marcenaria. No Centro de Educação em Tempo Integral (Cedin) Emílio Gazaniga Júnior, em Itajaí, os alunos se dividem entre as disciplinas, digamos, “comuns”, e outras alternativas. Liderados pelo professor Ezequiel Borges, estudantes de 9 a 13 anos desenvolvem habilidades além do ensino formal. Crochê e até manutenção de uma horta estão entre as missões.
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O projeto intitulado “Cortar, Lixar, Pintar e se Divertir” já contemplou mais de 50 alunos, que têm a oportunidade de aprender a confeccionar brinquedos e outros artesanatos. A partir de madeiras reutilizáveis e restos de construção civil, eles dão vida a tratores, carrinhos, suportes para celular, lápis e canetas, porta-chaves, caixas e tudo aquilo que a imaginação permitir.
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O professor que supervisiona a iniciativa afirma que os jovens opinam sobre quais artesanatos poderiam construir, e juntos eles montam a peça. Os estudantes participam de todo o processo, desde o corte da madeira até a fase final, de pintura dos materiais.
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Futuro profissional
Com as experiências escolares, alguns alunos têm descoberto o que gostariam de fazer profissionalmente. Luiza Rodrigues Nascimento, de 12 anos, quer fazer roupas de crochê e empreender com uma loja própria. Arthur Cunha Pereira, 12, ganhou o gosto pela marcenaria através das aulas, e pretende seguir a profissão do pai, que é parceiro do projeto.
Na horta, as primeiras colheitas já deram frutos e parte dos alimentos foi vendida para a aquisição de novas mudas. Todo o valor arrecadado vai para o caderno de prestação de contas, processo do qual os estudantes também participam, e com isso ganham noções de Matemática e educação financeira.
O professor e supervisor da iniciativa afirma que através da horta e da oficina de marcenaria é possível trabalhar assuntos como o meio ambiente com os estudantes e, assim, formar indivíduos preocupados com o tema e que busquem a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade.
A escola pretende fazer um bazar para vender algumas peças, com o objetivo de arrecadar dinheiro para a compra de alguns equipamentos que não podem ser reaproveitados. Ainda há data para o evento.
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O projeto ensina os estudantes a respeito de temáticas que em geral não fazem parte do quadro escolar. Assim, torna os jovens atentos para as necessidades da comunidade em que vivem, de acordo com o professor Ezequiel.
Para eles, a educação deu um passo além do que costuma dar.


* Sob supervisão de Augusto Ittner
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