Se as brincadeiras de antigamente já não atraem mais as crianças de hoje em dia, que tal aliar brinquedos lúdicos com tecnologia? De cor azul e um pouco maior que uma pipa tradicional, o drone produzido na aula de história da Escola Municipal Vereador Arinor Vogelsanger no bairro Vila Nova, zona Oeste de Joinville, chamou a atenção dos estudantes quando contornou o céu azul na manhã desta quarta-feira.
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Drone é uma ferramenta tecnológica que carrega uma câmera de vídeo. Apesar de encantar quem gosta de imagens e aventuras, o valor do objeto não cabe no orçamento de todo mundo.
Por isso, o professor de história Sidnei Ferreira de Araújo, 40 anos, criou uma versão caseira junto com a turma do 9º ano. Eles utilizaram apenas materiais recicláveis para produzi-lo e fazer uma simulação dos aviões que monitoravam os campos de batalha durante a 1ª Guerra Mundial.
-É uma forma diferente de trabalhar o conteúdo. Além disso, os alunos gostam de colocar a mão na massa, pois eles passam muito tempo na frente do computador e esquecem das outras brincadeiras que também são divertidas-, comenta o professor.
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Diferentemente de um drone tecnológico, que é controlado do chão por meio de um controle, os alunos precisam correr para fazer a ferramenta caseira levantar do chão e ganhar o céu. Mas, antes disso, é necessário ter atenção com os detalhes para o voo levantar com sucesso.
A câmera de vídeo, que parece um chaveiro, deve ser colada com uma fita durex e direcionada para onde as imagens devem ser capturadas. Com a rabiola presa, basta correr, controlar o fio e cuidar para o drone não cair.
Imagem aérea registrada pelo drone na manhã desta quarta-feira
Materiais usados para construir o drone:
– Saco plástico de lixo
– Bambu
– Durex
– Fio de linha ou nylon
– Tesoura
– Microcâmera: pode ser comprada na internet ou em lojas em Joinville. O valor é de cerca de R$ 25, mas existem modelos mais caros e, é claro, mais sofisticados
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Alunos aprovam experiência
Apesar de não ter ventado muito na manhã desta quarta-feira, os alunos usaram a área de lazer dos fundos da escola para experimentar o drone. A estudante Aline Guizolfo, 13 anos, foi a única menina a aceitar o desafio de brincar com a ferramenta. E ela foi muito bem, de acordo com o professor.
-Eu soltava pipa com os meus primos quando era menor. Até hoje, de vez em quando, eu ainda solto com a família, por isso não foi muito difícil-, conta Aline.
Além dela, Lucas Fagundes dos Reis, 12 anos, também participou da brincadeira. Acostumado a jogar videogame, ele explicou que não tem muito o hábito de soltar pipa, mas gostou da experiência.
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A principal diferença entre o drone criado pelos alunos e um produzido com alta tecnologia é o preço. O professor e os alunos gastaram apenas R$ 40 para colocar a ideia em prática, enquanto a ferramenta original parte de R$ 2,5 mil.
Drone é uma palavra em inglês que, traduzida para a língua portuguesa, quer dizer zangão. Trata-se de uma ferramenta parecida com um helicóptero em miniatura que carrega câmeras de vídeos e que tem origem militar.
Mesmo tendo sido produzido para estudar a 1ª Guerra, o professor de história explica que a ferramenta também servirá para trabalhar conteúdos de outras matérias.
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-Em geografia, que estuda mapas, e até em ciências-, explica Sidnei Ferreira.