Vidro, metal, tubo de PVC e borracha são materiais do cotidiano. O lixo é o destino normal. Na música estes materiais recicláveis se transformam em instrumentos impressionantes. Alunos da Escola Estadual Nereu Ramos, de Santo Amaro da Imperatriz, foram contemplados, com o projeto Idas e Vindas, oficina de improvisação musical do grupo mineiro Uakti.
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Os alunos catarinenses foram os primeiros de quatro cidades brasileiras, a receber o projeto no país e depois de três dias de oficina o conceito de som mudou para todos.
O estudante Gabriel Lohn Costa, 17 anos, como ele mesmo admite, vive música 24 horas. Soube do projeto e fez de tudo para não perder a oportunidade.
– Nunca imaginei que um vidro deste tipo tirasse um som tão bonito. Pode ser usado inclusive com uma orquestra. Muito engenhosa e altamente calculada. Alguém pode imaginar que de um pedaço de cano podíamos obter esta bela harmonia musical. O conjunto ficou muito legal – diz enquanto toca um xilofone feito com vidro.
Os músicos do grupo Uakti trabalharam conteúdos como o funcionamento dos novos instrumentos, noções técnicas de performance percussiva, arranjos de músicas folclóricas e novas formas de notação musical a partir de formas geométricas.
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– É um momento impar que pode mudar a forma de ver o mundo e principalmente o mundo sensível da arte e da música. O critério de seleção foi gostar e ter ligação com música e assumir o compromisso de ir até o fim – afirma o diretor da Escola Nereu Ramos, José Vanderlinde.
O músico Paulo Sérgio dos Santos, 58 anos, do Grupo Uakti, ficou surpreso com a receptividade dos alunos de Santo Amaro da Imperatriz.
– Estavam super abertos para o projeto e para as novas experiências musicais. Esta juventude nunca tinha visto e acredito que todos ganham.
O Projeto Idas e Vindas contempla mais três cidades brasileiras, através da Lei de Incentivo à Cultura do governo federal com o patrocínio da Volvo do Brasil.
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