Cerca de 50 pessoas participaram do protesto marcado para a tarde de sexta-feira, na Univali de Itajaí. Apesar de o evento no Facebook ter mais de 400 confirmações, a organização esperava pelo menos 100 participantes. Mesmo assim, eles cumpriram o combinado, andaram pelos corredores da universidade, passaram pela reitoria e seguiram até a sede do 1º Batalhão da Polícia Militar. O motivo foi o pedido por mais segurança, tanto dentro como nos arredores do campus.
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Os alunos formularam um ofício para entregar ao comando da PM na cidade. Eles também foram atendidos pelo reitor na quinta-feira e ouviram que a universidade vai pedir mais policiamento no entorno da mesma. Mas os estudantes querem mais, como diz o presidente da União Catarinense dos Estudantes, Yuri Becker.
– Nós queremos participar das conversas entre Univali e Polícia Militar. Afinal, somos nós alunos que sentimos isso na pele – explica.
Os estudantes foram recebidos pelo comando da PM e trocaram informações com os agentes. Segundo uma das representantes da UCE na Univali, Janaína Zdedskyi, foi cogitada a possibilidade de fazer uma cartilha de orientação aos alunos para que eles saibam o que fazer se forem assaltados.
– Não adianta apenas registrar Boletim de Ocorrência porque o sistema das polícias (Militar e Civil) não é integrado. Então, é preciso ligar para o 190 também – comenta.
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O reitor da Univali, Mário Cesar do Santos, também se manifestou sobre o assunto. Ele comentou que a universidade está em contato com a Secretaria de Segurança Pública de Itajaí, para que haja mais rondas na Avenida Contorno Sul, e para que a PM faça o mesmo nos arredores. Uma das promessas dele é o reposicionamento de câmeras e procedimentos da vigilância e a identificação das pessoas que circulam nos campi por meio de catracas e controles de acesso.
– A implantação de catracas para controle de acesso, no entanto, é algo que precisa ser estudado para que cause o menor impacto possível na relação da universidade com a comunidade. Se por um lado, precisamos zelar pela segurança, por outro, não podemos permitir que pareça que estamos fechando as portas para a população – comenta o reitor.