Os alunos de dança da Apae de Florianópolis terão 15 dias de ensaios nos tablados. O trabalho será feito em equipe, com dançarinos da inglesa Double Act Theatre, e tem como objetivo a apresentação que será feita na abertura dos jogos náuticos da Olimpíada de Londres, dia 28 de julho.
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O espetáculo vai contar com dançarinos britânicos e brasileiros. Tanto o elenco do Double Act Theatre como o da Apae DançaFloripa têm integrantes com e sem deficiências. O DançaFloripa conta com 14 alunos da Apae e três dançarinos da Estação Dançar. Eles integram uma comitiva de 25 pessoas que vai a Londres (as modalidades náuticas serão na realidade disputadas em Weymouth, Dorset, ao sudeste da capital britânica). E é bom destacar: a viagem é um prêmio à qualidade do trabalho dos garotos e garotas catarinenses.
Os britânicos chegaram nessa quarta-feira em Florianópolis, onde ficam até dia 28. O diretor artístico da Double Act Theatre, Tony Horitz , foi quem escolheu o grupo catarinense. Foi ele o credenciado para a realização do espetáculo de abertura. Tony explica que viu uma apresentação em um evento em Belém, há dois anos.
– Tive sorte de vê-los lá, fiquei impressionado e lembrei deles quando surgiu a apresentação. Ela será ao ar livre, que foi como eles se apresentaram em Belém. Um grupo da China também era candidato, mas o fato do Brasil sediar as Olimpíadas de 2016 definiu em favor do DançaFloripa – diz.
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Não é preciso ser um grande conhecedor de dança para saber o que impressionou Horitz. Antes de iniciarem uma performance de Breathe – esse é o nome da coreografia que apresentarão, inspirado no mito grego dos Deuses dos Ventos -, parecem apenas um agrupamento de pessoas. Mas basta a música começar para que movimentos detalhados e ensaiados, que exigem agilidade e concentração, comecem a se suceder de maneira surpreendente. Esses movimentos, agora, terão que ser ensaiados com a participação dos dançarinos da Double Act.
– Não será uma tarefa difícil para eles. A grande dificuldade será manter a concentração – prevê a professora e coreógrafa Ana Ciscato.
A alegria dos dançarinos é enorme. Isaías Schmidt, que há nove anos faz dança inclusiva na Estação Dançar, nem tem dormido direito por conta da expectativa de conhecer a Inglaterra.
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– Vou conhecer outra cultura, outros valores. Vou aprender muito com eles lá – explica.
A presidente da Apae da Capital, Arlete da Graça Torri, teve que correr contra o tempo para conseguir os recursos necessários à viagem. Assim que o convite foi feito, no final do ano passado, começou a busca por apoio junto ao empresariado. Tractebel Energia e o governo do Estado ajudaram a fechar os custos da viagem.
– O que importa é que eles estão vivendo tudo isso – afirma Arlete.