Dar banho na pequena Eliza era difícil para a família Silva. A menina, que hoje tem 11 anos, nasceu com paralisia cerebral e por pelo menos seis anos Rosemeri, 46 anos, tinha de levar a garota no colo até o chuveiro.

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– As costas doíam muito e o ombro também. Estava acabando com a minha saúde e colocando em risco a segurança da minha filha -, lembra dona de casa.

Uma boa ideia trouxe alívio para a família. Foi na Associação Catarinense de Ensino – Faculdade Guilherme Guimbala (ACE/FGG), onde Eliza faz fisioterapia, que os Silva conheceram o projeto da professora Winny da Costa. A hora do banho deixou de ser um peso. A menina foi uma das primeiras crianças a usar uma cadeirinha de PVC adaptada para a higiene.

Hoje, quatro anos depois, a família só tem a agradecer. As dores nas costas da mãe diminuíram e o conforto da pequena Eliza só aumentou.

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– Como tenho problema na coluna, sobra tudo para ela (Rosemeri). Se não tivesse a cadeirinha, seríamos dois com dores nas costas -, afirma o pai Nivaldo, 49 anos, aposentado por invalidez.

O embrião do projeto surgiu em 2007. “A mãe de um dos nossos assistidos (pessoas com deficiência física atendidas pelo curso de terapia ocupacional) viu uma matéria na TV e nos avisou. É uma ideia que vem do Mato Grosso e buscamos lá as informações”, lembra Winny. Cada peça é fabricada de acordo com a necessidade da família.

– Vamos até a residência, medimos o espaço. Também levamos em conta o tamanho e o peso da criança -, explica a professora, que hoje é coordenadora do curso de terapia ocupacional.

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Hoje, a média é de 23 por mês e já foram atendidas 240 famílias. E todo o material vem dos parceiros do projeto. No mercado, uma peça similar não sai por menos de R$ 1,5 mil. Já a cadeira de PVC custa, no máximo, R$ 250 e é doada para famílias carentes.

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