O aluno que não cumpriu tarefa sobre o filósofo Karl Marx e que no lugar escreveu um “manifesto” para o professor, explicando que não responderia às questões por repudiá-lo, obteve os seus 15 kbytes de fama, catapultado em rede social, posando arrogantemente como arauto da liberdade. É inegável que tecnologias de informação otimizam a ciência e a cultura, mas também é notória a facilidade em que oferecem caminhos fáceis para muitos engano. Imagino estudantes de história recusando-se a estudar Hitler, ou de medicina a estudar o câncer. Não adoro o capitalismo, mas estudo Adam Smith. Além de não ter cumprido a tarefa solicitada, o famoso aluno demonstrou não conhecer a teoria do socialismo científico e muito menos o movimento operário. Da mesma forma, o aluno escreveu sobre Lenine, reproduzindo um “decálogo” atribuído ao líder, que na verdade não passa de um punhado de besteiras anônimas copiadas da Internet. Defendo o debate de opiniões contrárias, acolho o exercício da reflexão crítica e considero a verdade absoluta sempre relativa, mas não admito a desonesta arrogância da preguiça intelectual

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