O aluno de São Bento do Sul que foi flagrado carregando um revólver calibre 22 dentro da mochila será transferido para outra escola do mesmo bairro. A informação é do diretor da unidade onde o adolescente de 13 anos estudava na 8ª série.
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O garoto contou aos policiais que comprou a arma para se defender das ameaças que estaria sofrendo de colegas. Ele estaria com medo, pois era frequentemente ameaçado. O menino foi ouvido na Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso de São Bento do Sul.
O delegado Odair Rogério Sobreira Xavier conto que o adolescente pagou R$ 400 pela arma e que agora a polícia investiga de quem ele comprou. Até ontem, ninguém havia sido identificado. “Se o vendedor da arma for menor, ele será encaminhado à Vara da Infância. Se for maior, vai responder criminalmente”, avisa o delegado.
A arma apreendida foi para a perícia e o menino deve ir, na segunda-feira, à Vara da Família, no Fórum, onde receberá uma medida socioeducativa, que pode ir desde um acompanhamento psicológico até uma internação. Os pais do garoto contaram ao delegado que não sabiam das ameaças nem da arma.
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A gerente Regional de Educação da SDR de Mafra, Eliane Hubl, comentou, nesta quinta-feira, que a transferência do estudante para outra unidade escolar será benéfica para ele e sua família. “Ele vai mudar o grupo de amizades e a escola para onde ele vai é muito bem equipada, tem práticas desportivas, laboratório de informática e tudo o que ele precisa para ser integrado”, assinalou. Além disso, o menino vai continuar tendo acompanhamento psicológico e social do Conselho Tutelar.
Eliane disse, ainda, que orientou o diretor da escola a reunir os pais para apresentar o Núcleo de Prevenção Escolar (Nepre), que promove atividades e palestras sobre assuntos de interesse da comunidade escolar, como bulling e prevenção às drogas. “A escola precisa abraçar seus alunos.”
A gerente lembrou que o município também conta com a Secretaria do Desenvolvimento Comunitário, que oferece cursos, oficinas e até profissionais para fazer acompanhamento familiar. “É importante a participação da família no acompanhamento e desenvolvimento das crianças e adolescentes”, finaliza.
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