A alta no valor do aluguel, do transporte e da alimentação ajudaram a puxar a inflação de Florianópolis para cima. Entre julho de 2023 e julho de 2024, o índice na Capital ficou em 5,23%, o terceiro maior entre 17 capitais brasileiras. O dado é medido pelo Índice de Custo de Vida (ICV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc).

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Em junho, a capital catarinense ficou em segundo no ranking das capitais. Já em julho, ficou atrás de Belo Horizonte (MG), com 5,67%, e São Luís (MA), com 5,52%.

Setor de serviços se destaca e ajuda a manter SC com a menor taxa de desocupação do Brasil

O ICV é calculado mensalmente pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Udesc, com os mesmos critérios que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compõe o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com isso, ambos os dados podem ser comparados.

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Inflação acumulada em 12 meses:

  1. Belo Horizonte (MG): 5,67%
  2. São Luís (MA): 5,52%
  3. Florianópolis (SC): 5,23%
  4. Brasília (DF): 5,07%
  5. Fortaleza (CE): 5,01%
  6. Belém (PA): 4,94%
  7. São Paulo (SP): 4,74%
  8. Campo Grande (MS): 4,59%
  9. Rio Branco (AC): 4,51%
  10. Goiânia (GO): 4,50%
    • Brasil: 4,50%
  11. Cidades como São Paulo (4,74%) e Rio de Janeiro (4,29%), grandes centros, tiveram inflação anual menor que a da capital de Santa Catarina. O índice local também contrasta com os das outras duas capitais da Região Sul. Porto Alegre (RS) apresentou a segunda menor taxa de inflação da lista (3,53%) e Curitiba (PR) a terceira menor (3,63%). As duas tiveram inflação anual maior apenas que a de Recife (PE), com 3,20%, a menor inflação entre as 17 capitais analisadas.

    O que puxa a inflação para cima

    O morador de Florianópolis sentiu o aumento nos preços ligados à habitação. Os preços neste pilar subiram 8,43% em 12 meses. O aluguel residencial, por exemplo, aumentou 8,3%, enquanto as despesas com reparos de imóveis, como azulejos e pisos (26,6%) e mão de obra (25,7%), também tiveram alta significativa.

    É também o transporte que puxa a inflação para cima, subindo 6,67% de um ano para o outro. Os gastos com alimentação aumentaram 5,88%, e com educação, 5,84%. Segundo a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE, estes itens representam mais de 60% dos gastos das famílias.

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    Nos transportes, destaque para as passagens aéreas com origem ou destino em Florianópolis, que subiram 47,6% em 12 meses. Entre os alimentos, dois produtos mais que dobraram de preço em um ano: batata inglesa e cebola de cabeça, com aumentos de 106,4%. A beterraba ficou em terceiro lugar, com alta de 56,6%.

    O que é e o que causa a inflação

    Segundo o Banco Central, a inflação é o aumento dos preços de bens e serviços, medida pelos índices de preços, como o IPCA. Um aumento na inflação implica na diminuição do poder de compra da moeda, e este aumento pode ter várias causas:

    • pressões de demanda;
    • pressões de custos;
    • inércia inflacionária e
    • expectativas de inflação.​

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