Florianópolis registrou a maior alta no valor do aluguel de imóveis residenciais do Brasil no mês de junho. De acordo com o Índice FipeZap+, a variação mensal na Capital foi de 2,95%, e já chega a 18,6% neste ano.
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Apesar da queda em comparação a maio, quando teve 3,54% de alta, Florianópolis possui o segundo maior aumento acumulado de 2022 quando o tema é aluguel residencial. A cidade está atrás apenas de Goiânia, com 19,5%.
A variação está muito acima da inflação oficial do Brasil. Segundo o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,67% em junho e acumula 5,49% em 2022.
Para o vice-presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação, Administração de Imóveis de Santa Catarina (Secovi), Marcos Alcauza, a elevação dos preços está relacionada a alta procura por moradia na capital, potencializada pela pandemia da Covid-19.
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Alcauza cita o trabalho remoto, a busca por qualidade de vida e a volta das atividades presenciais na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como fatores que elevaram a demanda do setor.
— O mercado imobiliário não conseguiu produzir imóveis novos suficientes para receber essa demanda. Da forma que o nosso plano diretor está colocado hoje, as empresas não conseguem disponibilizar o número de unidades habitacionais demandadas para compra e aluguel. Isso diferencia Florianópolis das outras capitais do país — afirma.
Segundo o monitoramento do Índice FipeZap+, Florianópolis também possui o maior aumento do aluguel nos últimos 12 meses. São 27,53% de variação, na frente de Goiânia (25,46%), Fortaleza (23,79%) e Curitiba (20,64%).
Entretanto, o preço médio do aluguel de imóveis na capital catarinense está em quarto lugar no ranking das capitais do país. Em junho, o valor foi de R$ 35,25/m². Os primeiros colocados foram São Paulo (R$ 42,84/m²), Recife (R$ 39,64/m²) e Rio de Janeiro (R$ 35,50/m²).
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Segundo o vice-presidente da Secovi, a tendência é que pessoas de outras cidades do país continuem vindo para a capital, mas afirma que para o evitar a alta contínua é preciso facilitar os negócios para o setor.
— O mercado só vai se equilibrar quando nós conseguirmos ter uma oferta maior de imóveis, por meio de um ambiente de negócios mais promissor, tanto para compra quanto para aluguel — acredita Alcauza.
Veja a variação do aluguel nas capitais brasileiras pesquisadas em junho:
- Florianópolis (+2,95%)
- Recife (+2,09%)
- Fortaleza (+2,05%)
- Belo Horizonte (+2,00%)
- Rio de Janeiro (+1,98%)
- Curitiba (+1,84%)
- São Paulo (+1,75%)
- Salvador (+1,49%)
- Porto Alegre (+0,54%)
- Goiânia (+0,25%)
- Brasília (-0,31%)
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