Com a procura em alta e a falta de imóveis em algumas regiões, o valor dos aluguéis teve uma valorização de 10% em 2010 sobre os preços praticados em 2009 em Florianópolis. Os novos contratos ou as renovações que fazem aniversário agora serão reajustados acima de 11%. E ainda assim, há fila de espera para locação, principalmente nos bairros próximos à universidade.
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A inflação do Índice Geral de Preços-Mercado(IGP-M), usado como referência na maioria dos contratos de aluguel, teve variação de 0,79% em janeiro. No acumulado dos últimos 12 meses, chega a 11,5%. Na capital paulista, por exemplo, os imóveis residenciais tiveram aumento médio de 13,4% no ano passado em relação a 2009. Em Santa Catarina, segundo o diretor do Sindicato da Habitação (Secovi/SC), Marcelo Brognoli, os reajustes não devem superar o IGP-M.
– Se o reajuste tornar o aluguel muito acima do valor de mercado, sempre há espaço para negociação entre inquilino e proprietário. O índice reflete uma recuperação do valor dos aluguéis já que, em 2009, houve variação negativa. Na média, a valorização na Capital ficou em torno de 10% – explica.
Brognoli diz que a procura está grande em regiões específicas, como na Trindade e bairros próximos da UFSC, onde faltam imóveis e já há fila de espera para locação. O crescimento, este ano, chega a 20% na demanda por apartamentos para alugar na região. Apartamentos de dois quartos são os mais procurados, mas, como faltam unidades, a procura é grande também por apartamentos de um e três dormitórios.
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De acordo com o presidente do Sindicato da Construção Civil da Grande Florianópolis (Sinduscon), Hélio Bairros, o reajuste e a valorização dos aluguéis não são motivos de preocupação para os locatários porque o IGP-M deve se acomodar ao longo do ano.
– O governo já sinalizou isso. E hoje tudo é negociável. O mercado está mais maduro e os proprietários também não querem ficar com imóveis fechados. Além disso, a política de habitação do país é positiva. A tendência é de equilíbrio porque há facilidades para financiar a compra de imóveis e as pessoas querem sair do aluguel – explica.
Bairros garante que o aquecimento é positivo para o setor imobiliário e alerta que a falta de oferta é localizada e circunstancial, em regiões disputadas nesta época do ano, como nos bairros universitários.
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– Em média, entre 10% e 12% dos imóveis das principais cidades da Grande Florianópolis estão vagos. É uma taxa segura – diz.
Pelos dados do Sinduscon, dos 194 mil imóveis residenciais de Florianópolis, mais de 21 mil estão vagos. Em São José, 7,4 mil imóveis, dos 78,6 mil registrados pelo IBGE, não têm moradores. Em Palhoça, das 58 mil residências, 6,4 mil estão fechadas.