Mais de 15 mil mulheres com idades entre 20 e 49 anos e que tiveram alterações na glicemia durante a gravidez – mas não receberam o diagnóstico de diabetes gestacional – foram monitoradas pelo instituto com o intuito de determinar o risco destas gestantes desenvolverem a doença.

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Os dados colhidos foram comparados com informações de mais de 60 mil gestantes sem alterações no açúcar sanguíneo, sendo que todas as mulheres foram acompanhadas por mais de seis anos após o parto. Ao final do período, aquelas que tinham alguma anormalidade nas taxas de glicose tiveram um risco cerca de 2,5 vezes maior de desenvolver diabetes no futuro.

A taxa de incidência da doença foi de cinco casos a cada mil pessoas entre aquelas com glicose alterada. E de 1,7 caso entre as que não apresentaram o problema.

Recentemente, novas pesquisas começaram a sugerir que mesmo pequenas alterações da glicemia podem aumentar o risco de diabetes.

– Normalmente, o diabetes gestacional desaparece após o parto. Mas estudos revelam que pacientes com a doença têm um risco maior de desenvolver o problema no futuro – revela a ginecologista Flávia Fairbanks.

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Para detectar um possível diabetes gestacional, é indicada às mulheres a realização de um exame no segundo trimestre da gravidez que consiste na ingestão oral de uma dose de 50 gramas de glicose.

– O sangue é colhido posteriormente, em dois momentos. Quando há alterações nos resultados, é realizado outro exame, com uma dose maior de glicose – afirma Flávia.

No período gestacional, o diabetes atinge cerca de 7% das mulheres brasileiras.

– A realização do exame na fase pré-natal está entre os mais importantes para as gestantes – finaliza a ginecologista.