Há dois anos o vendedor Rodrigo Oliveira Botelho, de 41 anos, morador do bairro Bela Vista, em Palhoça, solicita à prefeitura um quebra-mola na Rua José Cosme Pamplona. A via, de grande extensão, já tem uma lombofaixa logo em seu início, em frente à escola Dom Jaime de Barros Camara, e uma lombada lá no final, após uma curva acentuada. No meio deste trajeto, os veículos abusam da velocidade e em muitos casos, acabam de frente com um muro ou poste, colocando os moradores da redondeza em risco. E por enquanto, não há previsão de que o pedido seja atendido.
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— Há dois anos, o pessoal do setor do trânsito esteve na rua. E sempre diziam que iam analisar. Aí um funcionário da prefeitura me disse que não tinha verba para fazer uma lombofaixa. Mas as pessoas estão correndo risco. Não adianta ter uma lombada depois da curva. O pessoal se perde antes dela. Não podemos esperar algo ainda pior acontecer — salientou Rodrigo.
O comerciante Vitor Martins, de 41 anos, mora no Bela Vista desde que nasceu. E revelou que perdeu as contas de quantos acidentes já viu e ouviu, principalmente envolvendo motocicletas.
— Os carros e as motos vêm com tudo. E eles não têm noção do quanto a curva é acentuada e se perdem. Eles sempre batem no muro de uma casa que fica bem na curva. O dono, que já não mora mais ali, já desistiu de reconstruir a estrutura. Eu acho que ele já tinha arrumado esse muro pelo menos umas seis, sete vezes — disse o comerciante.
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Logo ao lado do antigo muro, que hoje é apenas uma cerca de metal, Vitor mostra também os restos do que era um poste. Poucas semanas atrás, um carro deu de frente com a estrutura durante uma madrugada e a levou para o chão. Até agora, um novo poste não foi colocado no local.
— Ano passado também veio um pessoal da prefeitura aqui para dar uma olhada. Pintaram uma faixa de segurança. Mas só a faixa não adianta. O pessoal continua passando rápido — complementou Vitor.
Mais respeito no trânsito
O problema não é só a falta de uma quebra-mola, lembra o também comerciante e morador Sirineu Koerich, 50, que vive há 20 anos na Rua José Cosme Pamplona. Para ele, os motoristas também precisam ser mais responsáveis ao transitar na via.
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— A rua já tem um calçamento pequeno. E quando tem poste no meio da calçada, a pessoa precisa desviar pela própria rua. Os carros e motos precisam andar mais devagar aqui — avalia o morador.
A vendedora Vanessa Padilha Quadros, 18, que passa todos os dias pela dita curva perigosa, contou que precisa esperar os carros passarem para ter coragem de andar na calçada daquele trecho. Ela tem medo de que um carro ou moto se perca novamente e a atinja.
O que diz a prefeitura de Palhoça
A Prefeitura de Palhoça enviou uma nota na noite de terça-feira informando “que está realizando levantamentos para saber quais locais necessitam com prioridade de lombadas ou faixas elevadas. A Rua José Cosme Pamplona tem pouco mais de quatro quilômetros e possui cinco faixas elevadas. Além disso, a via é bastante sinalizada quanto ao limite de velocidade permitido. Cabe ressaltar que as próprias curvas são elementos redutores de velocidade”.
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A Hora esteve no local e comprovou que há uma reta sem lombada e sem faixas elevadas — justamente o trecho que preocupa os moradores — onde os motoristas voltam a acelerar e correr. A sinalização da lombada após a curva, por exemplo, está exatamente em cima do quebra-mola.
O que fazer
De acordo com a Secretaria de Segurança, o morador que tiver reclamações e demandas neste sentido pode ir até a sede da pasta, que fica no Centro Administrativo, na Avenida Hilza Terezinha Pagani, 280, no bairro Passa Vinte, para explicar o fato e abrir um procedimento para análise. O órgão funciona das 13h às 19h, de segunda a sexta. O contato é o (48) 3279-1761. Vale abrir um chamado também na Ouvidoria do Município, pelo telefone (48) 3279-1810. O telefone geral da prefeitura de Palhoça é o (48) 3279-1700.
Se nada disso der certo, você também pode procurar o espaço Seu Problema é Nosso, aqui da Hora. Nós não garantimos a solução do problema, porque isso é com o poder público, mas informamos aos leitores o que está ocorrendo. O nosso contato é pelo Whatsapp (48) 99145-4046.
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