“A preservação do patrimônio cultural de um povo exige dos poderes públicos homens com determinação. Não é só obrigação do governo. Todos devem participar”. A frase do artista plástico Willy Alfredo Zumblick já demonstrava a sua preocupação 20 anos antes da inauguração de seu maior sonho.
Continua depois da publicidade
O Museu Willy Zumblick, em Tubarão, no Sul do Estado, abriga atualmente 72 obras de um acervo imortal que transmite com felicidade a natureza, os costumes, as pessoas e as tradições de Santa Catarina. Inaugurado em 2000, atualmente agoniza com a alta umidade e a inexistência de climatização do local.
Para amenizar a situação nas comemorações do centenário de nascimento do artista, comemorado nesta quinta-feira, os trabalhos expostos permanentemente passaram por uma higienização em caráter de urgência.
– Na parte de trás dos quadros existem traças que podem migrar para a tela. Essa umidade está acelerando o processo de destruição das obras – alerta Antônio Carlos Cervi, restaurador responsável pela limpeza dos quadros existentes no museu.
A restauração das obras faz parte das medidas tomadas pela comissão mista especial, instituída e composta por servidores da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Instituto Histórico e Geográfico do Estado, Unisul, além da Secretaria do Desenvolvimento Regional, Prefeitura e Câmara de Vereadores de Tubarão para as comemorações do centenário de Zumblick.
Continua depois da publicidade
Para a diretora de cultura da Unisul, Valdézia Pereira, a obra de arte não se faz por si só:
– Ela tem que ser preservada e conservada num nível aceitável. Uma curadoria seria importante. A atenção tem que se estender para sempre e não apenas agora na comemoração do seu centenário.
As mudanças drásticas de temperatura vêm causando sérios danos aos quadros.
– A cidade e o Estado tem que valorizar mais este patrimônio no coração de Tubarão. O museu precisa urgente de climatização adequada e de um estudo técnico para a iluminação. Buscamos orientações para realizar a mudança ideal de modo que o acervo possa ser mantido para sempre – afirma Lilian Guedes, coordenadora de cultura da Fundação de Cultura e Esporte de Tubarão.