O aumento do dólar deve impactar diretamente os preços dos produtos da linha marrom, como televisores e áudio, que são produzidos na Zona Franca de Manaus e cujos componentes (mais de 70%) são importados de todas as partes do mundo, em especial da Ásia. A análise é do presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula.

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De acordo com ele, o prazo de três meses para o repasse do dólar aos preços, conforme defendem alguns especialistas consultados, é adequado, porém apenas para os setores que estão estocados, tanto de produtos finais quanto de componentes. Mas nos setores que estão produzindo e vendendo imediatamente, o repasse pode ser mais rápido.

Kiçula entende que o repasse pode até não ser integral porque existem algumas travas que impedem a transmissão do dólar para os preços, como a concorrência. No caso da linha branca, o executivo acredita que alguns preços já podem estar sendo reajustados, em consequência do aumento de 30% na chapa de aço e resinas.

– A oscilação do câmbio pode até impedir que o repasse seja feito imediatamente, mas isso vai começar a afetar a margem de lucro. Aí não será mais possível evitar o repasse – concluiu o presidente da Eletros.

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