O atual movimento de alta nos preços das commodities no atacado, principalmente as do setor agrícola, pode continuar a persistir pelo menos no curto prazo, elevando as taxas dos Índices Gerais de Preços (IGPs) até o fim do ano. A análise é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.
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Sem fazer previsões numéricas para os fechamentos dos IGPs dos próximos meses, o especialista admitiu, no entanto, que as condições que hoje elevam os preços das commodities no atacado demonstram uma certa “resistência”.
– Existe um movimento sim, de pressão inflacionária, que tende a se espalhar, com foco no setor agrícola e, talvez, com alguma resistência – afirmou o especialista.
Ele lembrou que, quando ocorreram os primeiros sinais de aumentos de preços no setor de matérias-primas em setembro, não era possível perceber que as altas abarcassem uma sustentabilidade demorada.
– Pelo que podemos perceber, estas elevações de preços de agora têm uma capacidade de sustentação. Não é um fator pontual – assinalou.
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