Alliance Sports deixa futuro da parceria na mão do Conselho Deliberativo

Os responsáveis pela empresa Alliance Sports convocaram na tarde desta sexta-feira uma entrevista coletiva para esclarecer a situação da empresa dentro do Figueirense. Parceira do clube desde 2010, a Alliance é comandada pelo empresário Wilfredo Brillinger, pelo seu filho Rodrigo Brillinger, Leonardo Moura, Marcos Moura Teixeira e Renan Dal Zotto.

Na entrevista desta sexta, apenas Renan Dal Zotto não estava presente. A coletiva durou exatamente 1h09min, onde o espaço para tirar dúvidas foi livre. O motivo principal da entrevista era revelar que o grupo entregou ao Conselho Deliberativo do Figueirense um documento em que pede uma atitude do clube. A Alliance reclama de não conseguir trabalhar plenamente dentro do Furacão, por discordâncias de administração e interferências.

No documento entregue nas mãos do presidente do Conselho, Júlio Gonçalves, a parceira deixa claro que sua saída está condicionada a uma decisão do Conselho Deliberativo.

– A decisão será do Conselho. Nós retificamos a vontade e o ânimo de continuar o projeto, mas do jeito que está não dá para ter continuidade. Existem certas interferências na gestão do clube que atrapalham o andamento pleno do que foi acordado em 2010 – explicou Wilfredo Brillinger.

Um dos pontos levantados como exemplo de interferência foi a relação de exclusividade do empresário de jogadores Eduardo Uram com o clube.

– Pessoalmente eu não tenho problema algum com o Uram, mas não dá para um clube que quer ser profissional trabalhar com um sistema de exclusividade- disse Wilfredo.

A ideia da Alliance é que o clube também tenha participação nos lucros da venda de jogadores. Algo que, segundo a empresa, não está acontecendo, já que é o Alvinegro quem paga os salários e dá vitrine aos jogadores, mas na hora da venda não recebe nenhuma quantia.

Sinal de alerta ligado

Ainda segundo a Alliance, o Figueirense está em uma situação difícil financeiramente e que no caso de sua saída deve ir atrás de outro parceiro para conseguir se manter. O exemplo dado é que atualmente o clube tem até 12 milhões para fluxo de caixa e que os salários de todos os jogadores e comissão técnica estão em dia.