A inflação de março em Florianópolis subiu 0,65%, valor idêntico ao registrado no mesmo mês do ano passado. Este ano, quem puxa este índice para cima são os alimentos e as passagens aéreas. O levantamento é feito mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).
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O índice de 0,65% de março ficou acima dos 0,59% registrados em fevereiro. Ele também vem acelerando lentamente desde o início do ano: desde janeiro, a inflação está em 1,80%. Já o acumulado dos últimos 12 meses se manteve em 4,92%.
Transportes pesam mais no orçamento
O levantamento revelou que os gastos com transporte são os que mais pesam no orçamento dos moradores de Florianópolis. Estes valores representam 21,7% dos gastos familiares. Isso também é levado em conta no cálculo da inflação.
Em março, foram os gastos com transportes que tiveram a maior variação de preços (alta de 1,74%). Segundo o levantamento, isso é relacionado ao aumento das passagens aéreas, que subiram 22,6%. Os combustíveis para automóveis subiram 0,49%, ficando abaixo da inflação geral do mês.
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Alimentação também impacta
Assim como os transportes, o grupo de Alimentação e Bebidas consome quase um quarto de todo o orçamento dos moradores da Capital: os gastos deste tipo representam 21,5%. Em março, os alimentos ficaram 0,51% mais caros.
No entanto, os aumentos ficaram mais concentrados na comida comprada em feiras e supermercado para consumo em casa (alta de 0,83%). As refeições em restaurante e lanchonetes praticamente não tiveram aumento (0,05%), conforme a Udesc.
As hortaliças e verduras tiveram a maior alta: 7,6%, com destaque para a beterraba, que aumentou 14,6%. Frutas subiram 4%, com altas como as do mamão (21,8%), morango (11,6%), laranja (9,9%) e banana branca (4%). Leites e derivados subiram 1,3%, com destaque para o leite longa-vida (2,7%) e leite em pó instantâneo (2,6%).
Na contramão, tubérculos, raízes e legumes ficaram em média mais baratos (-1,5%), mas houve variação entre os itens. Enquanto o preço do tomate subiu 26,3% e a cebola de cabeça 13%, a batata inglesa teve queda de preço (-18,3%).
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O que mais impacta no bolso dos moradores
Outros setores que impactam no bolso dos moradores de Florianópolis e tiveram aumento em março são os ligados a habitação (0,5%) e despesas pessoais (1,5%). Por outro lado, houve queda nos preços dos artigos de residência (-0,4%) e de vestuário (-0,9%). Itens de Saúde e Cuidados Pessoais, Educação e Comunicação tiveram um mês estável nos preços.
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