A aliança com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) virou uma maldição para os candidatos à presidência da Câmara. O que há alguns meses abria portas e era símbolo de poder, agora virou um rótulo negativo, uma mancha na imagem diante da opinião pública. É por isso que o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) faz questão de dizer que não votou em Cunha na eleição à presidência da Câmara. Está apenas negando o passado recente. Eles eram próximos, tanto que Rosso, deputado em primeiro mandato, conseguiu chegar à presidência da Comissão do Impeachment. Ex-líder do DEM, Rodrigo Maia (RJ) também era ligado ao peemedebista. Agora, nem quer falar no assunto. Além desses dois favoritos, há outros candidatos correndo por fora. O fato é que o próximo presidente da Câmara terá uma primeira missão em agosto, na volta dos trabalhos legislativos: colocar o processo de cassação de Cunha para votar em plenário. Se começar a enrolar, é sinal que está pagando conta antiga.

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É PASSADO?

Ex-ministro da Saúde do governo de Dilma Rousseff, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) passou o final de semana insistindo na candidatura própria à presidência da Câmara, embora a cúpula do PMDB trabalhe pela retirada dos nomes. Em busca de votos, ele ligou para um peemedebista gaúcho, fiel a Temer, e levou um balde de água fria:

– Desiste, Marcelo. Tu ainda é Dilma!

MODERNINHO

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Não pegou nada bem no Planalto a tentativa de aproximação de Rodrigo Maia (DEM-RJ) com o PT e com o PCdoB. Aliás, dentro do próprio Democratas tem deputado reclamando deste pragmatismo do colega.

FERIDO

Quem conhece o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), conta que ele está magoado com Cunha e que só começará a sessão no plenário depois que a CCJ encerrar a análise do caso.