Se há dois anos Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) cogitou concorrer à presidência do Senado e desistiu, desta vez ele vê chances reais de vitória. Renan Calheiros (PMDB-AL) ainda é considerado favorito no Planalto e dentro do PT, que reconhecem no ex-governador catarinense uma ameaça à reeleição do alagoano. A escolha do novo presidente ocorre no domingo em votação secreta, o que dificulta o controle das bancadas.

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::: Luiz Henrique da Silveira se candidata à presidência do Senado

Caso os 81 senadores estejam presentes, quem levar 41 votos será eleito. Em contagem informal, apoiadores de Luiz Henrique acreditam ter a soma necessária para ocupar a presidência até 2016. A intenção é chegar no sábado, na prévia do PMDB, com folga na disputa.

– Luiz Henrique interpreta a independência do poder Legislativo em relação ao poder Executivo, que é o que nós precisamos – defende José Agripino (DEM-RN).

PT e PMDB têm dissidentes

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Dentro da coalizão costurada, Luiz Henrique já contabiliza os apoios de PSDB e DEM. Juntos, os dois partidos somam 16 membros. O voto solitário de Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e o PP, com cinco integrantes, também reforçam a candidatura.

– É um nome com capacidade para enfrentar com comando firme os desafios de 2015 no Senado, que precisa debater as reformas – diz Ana Amélia Lemos (PP-RS).

Para viabilizar a vitória, o candidato busca dissidentes na base do governo. Ele contaria com apenas cinco dos 19 votos de seu partido. No PT, que dispõe de 13 cadeiras, a tentativa é conquistar parlamentares desconfortáveis por escolher Renan. O catarinense conversa com o PSB. Com seis membros, os socialistas condicionam o apoio à defesa da reforma política e tributária. Parte do PDT, também com seis senadores, já fechou com o catarinense. na disputa.