O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, admitiu que a posse de Hugo Chávez para mais um mandato presidencial poderá ser postergado. Cabello, no entanto, afirmou que essa ainda não é uma posição oficial.
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– Esta é a minha opinião, não é algo oficial. Não se pode amarrar a vontade da população a uma data, então, se (a posse) não será no dia 10 (de janeiro), a vontade de oito milhões de pessoas não vale? – questionou o aliado de Chávez em declarações divulgadas pelo jornal El Nacional.
Cabello, que também é vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela, a organização política de Chávez, sustenta que “a constituição diz que se não se pode jurar perante à Assembleia, que se faça perante ao Tribunal Supremo de Justiça e não coloca data.
Pela legislação venezuelana, se Chávez não estiver em condições de tomar posse, novas eleições deverão ser marcadas em 30 dias. Há dúvidas se a lei abre brechas para outros entendimentos, como o adiamento da posse, marcada para 10 de janeiro.
Chávez, 58 anos, submeteu-se em 11 de dezembro em Havana a uma quarta cirurgia para retirada de um tumor. Na terça-feira à noite, o ministro da Informação, Ernesto Villegas, leu em cadeia de rádio e televisão um comunicado de que o presidente apresenta uma infecção respiratória, mas que está sob controle.
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