Destituído nesta semana da liderança da bancada do PMDB, o deputado Leonardo Picciani (RJ) iniciou um movimento para tentar retomar o cargo.
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PMDB tira aliado de Dilma da liderança da bancada na Câmara
Ele está passando uma lista entre os colegas pedindo assinaturas que o conduzam novamente à liderança, derrubando do posto Leonardo Quintão (PMDB-MG), que o sucedeu. São necessárias adesões de pelo menos 34 dos 66 parlamentares peemedebistas.
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Eduardo Cunha, aliados de Temer e PMDB-RS apoiaram derrubada do líder Picciani
Picciani é aliado do Palácio do Planalto e indicou os titulares dos ministérios da Saúde e Ciência e Tecnologia. Na hora de indicar os oito nomes do PMDB para a comissão especial de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Picciani não fez consultas aos companheiros e nomeou somente governistas, que votariam contra o afastamento da petista.
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Isso gerou uma revolta na fração do bancada do PMDB que é anti-Dilma. A partir disso, foram reunidas assinaturas para derrubar Picciani. A revolta também culminou no lançamento de uma chapa alternativa para a composição da comissão de impeachment. O movimento se estendeu para outros partidos com cargos no governo, mas igualmente rachados, como PP, PTB e PSD.
A chapa alternativa saiu vencedora da disputa, feita em votação secreta, e poderá indicar a maioria dos nomes do colegiado, caso a eleição seja validada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte irá se manifestar sobre os ritos do impeachment na próxima quarta-feira.
A disputa pela liderança da bancada do PMDB está causando desconfortos. De um lado, Picciani patrocinado pelo governo Dilma. De outro, Quintão com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP).
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– Não vou assinar nem uma nem outra lista. Entendo que a bancada precisa ter uma ampla discussão coletiva sobre os posicionamentos – afirmou o deputado José Fogaça (PMDB-RS), um dos que já foi confrontado com a tentativa de Picciani de retomar o poder.