O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que, na reunião que terá com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no sábado, e com os líderes do G-20, em abril, defenderá que a prioridade para resolver a crise financeira internacional não é colocar dinheiro em bancos, mas “assumir a normalização do crédito internacional”.
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Após participar de entrega de escrituras de residências em Porto Velho, Rondônia, Lula afirmou que, para que o crédito internacional seja normalizado “alguns países vão ter de assumir a criação de bancos públicos”.
Lula afirmou, inclusive, que vai mostrar aos líderes internacionais como funcionam os bancos estatais brasileiros, como o Banco do Brasil (BB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Lula evitou fazer comentários sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que ontem reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 1,5 ponto porcentual, para 11,25% ao ano. Mas ele disse que o problema não é se o Copom vai baixar o juro em 1 ponto ou 1,5 ponto:
– A questão é a escassez de crédito. O dinheiro desapareceu no mercado internacional – Lula voltou a afirmar que o governo não vai reduzir gastos em saúde, ou com o Bolsa Família, nem vai mandar funcionários embora.
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– Vou anunciar mais obras e mais projetos sociais – disse.
O presidente lembrou que vai anunciar nos próximos dias um pacote para a habitação e também um programa de renovação da frotas de caminhões e ônibus, sem no entanto, dar mais detalhes.
– O Brasil foi o último país a ser atingido pela crise e será o primeiro a sair.