A estudante Júlia Müller, 12 anos, ouvia música sentada num dos bancos de trás do ônibus, ao lado de um colega de turma, quando o acidente aconteceu. Ela não lembra ao certo como aconteceu, mas contou ao DC o pouco que conseguiu assimilar horas depois da queda do ônibus. Sob o olhar atentos dos pais, que foram até Urubici para buscá-la, relatou a descida pela ribanceira, o pedido de socorro e a fuga de dentro do veículo.
Continua depois da publicidade
Diário Catarinense – O que você estava fazendo antes do acidente?
Júlia Müller – Estava bem lá trás e ouvindo música. Até aquele momento estava tudo bem, tudo tranquilo. Mas depois o ônibus começou a pular. Achei, no início, que passava por uma estrada de chão porque não olhei para fora. Depois vi que pulava mais alto. Não sei o que eu pensei na hora, só em me segurar.
DC – O que vocês fizeram quando parou?
Continua depois da publicidade
Júlia Müller – Todo mundo ficou assustado. Alguns gritavam e queriam quebrar o vidro de emergência, do jeito que o moço tinha dito antes. Mas aí começaram a pedir para parar de gritar. Foi rápido. Logo os professores vieram para conversar. Saímos por um vidro que quebrou com o acidente nos fundos. Eu fui a última a sair.
DC – Você viu a guia ou o motorista, que estavam na frente?
Júlia Müller – Não vi. Acho que todo mundo estava olhando para os lados e ninguém olhou para a frente.
DC – Quem fez o socorro?
Júlia Müller -Os bombeiros foram os primeiros a chegar. Gritamos socorro para um ônibus que vimos na estrada. Eles nos ajudaram. Eu não me machuquei. Pouca gente se machucou.
Continua depois da publicidade