França e Bélgica decidem nesta terça-feira, às 15h, em São Petersburgo, qual seleção será a primeira finalista nesta Copa do Mundo. Com a Seleção Brasileira eliminada do torneio, o torcedor precisará escolher qual “vilão” apoiar, já que as duas equipes carregam o peso de serem algozes do time que veste amarelo. Os franceses têm retrospecto favorável contra o Brasil quando o assunto é Mundial, enquanto os belgas foram os responsáveis por acabar com o sonho do hexa na Rússia ao eliminarem o grupo comandado por Tite nas quartas de final.
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Confira a tabela de jogos da Copa do Mundo 2018
Os Bleus perderam só uma vez para o Brasil em quatro partidas entre as equipes na Copa do Mundo. Isso ocorreu em 1958, quando a Seleção fez 5 a 2 e se classificou à decisão. Em 1986, os franceses passaram à semifinal ao vencerem nos pênaltis depois do empate por 1 a 1. Em 1998 e 2006, a França venceu com autoridade. Há 20 anos, o time de Zidane foi campeão ao fazer 3 a 0 na final, e há 12 anos o triunfo foi por 1 a 0, na Alemanha.
Treinador da seleção francesa na Rússia, Didier Deschamps ergueu a taça da única conquista da equipe naquele triunfo sobre os brasileiros há 20 anos. Agora no comando técnico, o objetivo é ser campeão mundial em uma outra função.
– Nosso time estará pronto para dois cenários diferentes. O time da Bélgica não chegou aqui por acaso, fez um grande jogo contra o Brasil, um plano bem específico diante deles. Se vão fazer parecido contra nós? Provavelmente. A diferença do jogo é que o time da Bélgica tem essa qualidade particular, contra o Brasil reforçaram o meio de campo, bloquearam os acessos, os brasileiros não conseguiram entrar – analisou.
Deschamps poupou Mbappé, que brilhou contra a Argentina nas oitavas. O camisa 10 foi preservado do último treino após eliminar o Uruguai nas quartas. A tendência, porém, é que ele esteja à disposição para o duelo na semifinal. A dúvida está no meio de campo, pois Matuidi volta a ficar disponível após cumprir suspensão. Ele disputa vaga com Tolisso.
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A Bélgica fez 2 a 1 sobre o Brasil, nas quartas, e se tornou a mais nova algoz da Seleção em Copas. Neste caso, o goleiro Courtois, os meias De Bruyne e Hazard e o atacante Lukaku ganharam destaque. O quarteto tem um mentor em comum com a França e que é carrasco brasileiro: Thierry Henry. O francês é auxiliar técnico de Roberto Martínez e foi o autor do gol da eliminação brasileira em 2006, no triunfo por 1 a 0, nas quartas de final.
Henry é o recordista em participações de Copas pela França. Ele esteve em quatro edições (1998, 2002, 2006 e 2010), disputando 17 jogos, assim como o ex-goleiro Barthez. O ex-atacante é o maior artilheiro da equipe com 51 gols em 123 partidas, sendo o segundo maior goleador francês no Mundial, com seis gols. O ex-atacante fica atrás de Just Fontaine, autor de 13 bolas na rede em 1958. Os belgas, porém, estão confiantes.
– Se você consegue vencer o Brasil, não deve ter medo de ninguém. Respeitamos a todos, mas se nós jogarmos com medo, não seremos capazes de vencer a França. É uma equipe com qualidade, joga bem no contra-ataque. Vamos precisar de atenção. A velocidade, potência e qualidade de Mbappé são especiais. Esses atributos em um jogador tão jovem só tinha visto no Messi – disse o meia Chadli.
FICHA TÉCNICA
FRANÇA
Lloris; Pavard, Varane, Umtiti e Hernandez; Kanté, Pogba e Matuidi (Tolisso); Mbappé, Griezmann e Giroud. Técnico: Didier Deschamps.
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BÉLGICA
Courtois; Alderweireld, Kompany e Vertonghen; Fellaini, Witsel, Meunier e Chadli; De Bruyne, Lukaku e Hazard. Técnico: Roberto Martínez.
ARBITRAGEM: Andres Cunha, auxiliado por Nicolas Taran e Maurício Espinosa (trio do Uruguai).
DATA E HORA: hoje, às 15h (de Brasília).
LOCAL: Arena Zenit, em São Petersburgo.
TRANSMISSÃO: NSC TV, Sportv e CBN Diário.
MINUTO A MINUTO: NSC Total e Diário Catarinense.