Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o Brasil tem reagido à volatilidade global de forma “clássica e técnica” e que o governo está apertando a política monetária “para garantir que a inflação convirja para a trajetória de metas”. Continua depois da publicidade A taxa básica de juros, a Selic vem sendo ajustada desde abril do ano passado e, atualmente, está em 10,75%. O governo usa a Selic para tentar conter a inflação.
Tombini ainda explicou aos senadores, em referência às reservas internacionais, que o País está usando “colchões” para proteger a economia e suavizar o ajuste de preços relativos e seus impactos na economia real.
Em sua avaliação, a recuperação global tem sido puxada pela retomada da atividade nos Estados Unidos. E se mostrou otimista em relação às perspectivas para 2014 e para 2015, citando projeções de organismos internacionais. Segundo os dados indicados por ele, o mundo deverá crescer 3,7% neste ano e 3,5% no próximo. Para o comércio internacional, ele informou que as expectativas desses organismos são de expansão de 4,5% tanto para 2014 quanto para 2015.
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Crescimento em 2014 será parecido com 2013
Tombini repetiu ainda que o crescimento da economia em 2013 foi marcado por uma alteração na composição das demandas, com aumento dos investimentos e moderação do consumo das famílias. – Essa mudança contribui para sustentabilidade do crescimento. O crescimento em 2014 deve permanecer próximo do patamar verificado no ano passado e seguirá sustentado por emprego e ampliação moderada do crédito – afirmou. Segundo ele, há indicadores que apontam para a melhora da competitividade da indústria, o que representa uma mudança em relação a anos anteriores. – Aumentar a produtividade é fundamental para a indústria aproveitar oportunidades no mercado nacional e internacional – completou. Continua depois da publicidade Tombini destacou que há mudanças na composição na demanda e também na oferta agregada, mas ponderou que os ganhos delas decorrentes depende da confiança das empresas e das famílias. – O Brasil tem conduzido ampla agenda de reformas estruturais se antecipando a outros países. E o foco são reformas para ampliar investimentos, qualificar mão de obra e aumentar produtividade – acrescentou. Tombini destacou o programa de leilões de concessões de infraestrutura para ampliar investimentos e disse que essas iniciativas visam tornar a economia mais competitiva. – Ao contrário de economias avançadas, o Brasil precisa avançar em infraestrutura e qualificação de mão-de-obra. Por isso, as oportunidades e o retorno aqui são maiores – avaliou. Continua depois da publicidade