O governador Raimundo Colombo desistiu de assinar uma medida provisória incorporando a gratificação por regência de classe para evitar novos confrontos na Assembleia Legislativa.

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Queria, também, abrir um prazo de negociação com os dirigentes do Sinte, avaliando o prazo do novo plano de carreira do magistério. A prioridade agora é manter o piso nos níveis salariais atuais e melhorar os vencimentos dos professores com pós-graduação, que foram achatados.

O coordenador de negociações Décio Vargas ouviu lideranças sindicais, obteve rejeição da proposta da MP, e o governador cancelou a ideia. Ela estava condicionada à aceitação pelos dirigentes do Sinte.

O projeto, com algumas modificações, será apreciado hoje em reunião conjunta das comissões técnicas e depois vai a plenário.

O governo contou os votos e tem alguma garantia para aprovação do novo plano. Colombo realizou uma reunião com os deputados da base para uma nova avaliação. Sabe que além dos deputados do PT, de Rodrigo Minotto (PDT), de Gean Loureiro (PMDB), Fernando Coruja (PMDB) e Cleiton Salvaro (PSB), os demais estariam fechados. O deputado Kennedy Nunes (PSD) estava contra, mas admitiu rever. Há dúvidas sobre votos dos deputados do PR e PPS. A incorporação da regência de classe é tema sepultado para a base aliada. Outra questão polêmica – o prazo para implantação da primeira etapa do novo Plano de Carreira – foi amplamente debatida com o governo. Colombo e os secretários alegam, contudo, que neste momento não há como estudar alternativas, porque as perspectivas econômicas e financeiras para o início de 2016 são as piores possíveis.

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