Com o calor e as praias de Florianópolis lotadas, também aumenta o número de casos de queimaduras por águas-vivas. De 1º de outubro até o dia 28 de dezembro, já foram registrados 509 casos pelos Bombeiros na Capital. Na tarde de quarta-feira, uma menina de 11 anos teve um princípio de choque anafilático após ser queimada no rosto e outras partes do corpo na praia Mole. De acordo com o Tenente Bruno Azevedo Lisboa, dos Corpo dos Bombeiros, inicialmente a criança estava tendo uma reação alérgica, mas após os guarda-vidas realizarem o atendimento inicial a situação foi melhorando e ela não precisou ser encaminhada para o hospital.

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O tenente explica que no verão os surtos se tornam comuns em algumas praias:

— Na semana passada tivemos muitos casos no Santinho. Nessa, vimos que a corrente está trazendo para as praias do Leste, tivemos muitos casos na Joaquina e também no Campeche. Vai mudando sempre, depende das correntes — disse.

No total, a praia que teve mais registros pelos Bombeiros foi o Campeche (incluindo o Novo Campeche), com 234 casos, seguido da praia Mole, onde aconteceram 104 ocorrências. A orientação dos Bombeiros é que os banhistas se informem com os salva-vidas na praia sobre a situação, e no caso de surto evite o banho.

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O que fazer após a queimadura

— Aplicar vinagre é uma das soluções, já que neutraliza as células com veneno presentes nos tentáculos e, além disso, pode ajudar contra a dor.

— Caso a praia não disponha de guarda-vidas, a orientação é lavar o local com água salgada de forma abundante. Ao chegar em casa cobrir a área afetada com vinagre sobre um tecido.

— O contato com algo gelado também alivia a dor. O gelo é recomendável, mas deve estar envolto em um saco plástico, pois a água doce ajuda a liberar mais toxinas.

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— Caso o ferimento continue doendo, o uso de creme com cânfora ou outro refrescante ajuda.

— Se formar bolhas, o que é raro, podem ser usados medicamentos e pomadas específicos.

— Em casos de náuseas, febre, vômito ou mal-estar, procure o posto de saúde

O que não fazer

— Esfregar a área atingida

— Passar areia, protetor solar, refrigerante ou outras substâncias

— Raspar a área

— Lavar com água doce logo após o contato.

Fontes: Major bombeiro militar Hilton de Souza Zeferino; dermatologista André Luiz Rossetto; Sociedade Brasileira de Dermatologia e pesquisador Charrid Resgalla Júnior