Nesta quinta-feira é lembrado o Dia Mundial do Doador de Sangue. A data, criada em 2011, tem o intuito de aumentar a conscientização sobre a necessidade da doação e agradecer aos voluntários, que com este ato ajudam a salvar vidas, ainda mais no período de inverno, onde há queda no número de coleta e consequentemente dos estoques.
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Atualmente no Brasil, 1,8% da população é doadora regular de sangue, um índice abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 3%. O morador de Blumenau, José Jerônimo está entre os que doam regularmente. No Hemosc de Blumenau, ele é o voluntário com o maior número de doações, são 34 até o momento.
— Tudo começou na época do quartel. Eu me alistei e não precisei servir, mas fui incentivado a doar e desde então nunca parei. Faço sempre quatro doações possíveis em um mesmo ano, neste mês já dará o tempo hábil e vou voltar — conta o comerciante.
José afirma que se cuida bastante, para poder manter o hábito da doação. Costuma fazer exercícios, comer alimentos saudáveis, não ingerir bebida alcoólica, algo que ajudou ele a manter esta saúde, com quase 50 anos de idade.
— Além de fazer bem para a sua saúde, também podemos ajudar quem precisa. Quem puder doar sangue deve fazer, é uma questão de consciência. Pois, em algum momento, todo mundo pode precisar de sangue — alerta.
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O Ministério da Saúde estabelece que, para ser um doador voluntário, é necessário ter idade mínima de 16 anos e máxima de 69 anos, pesar no mínimo 50 quilos, não ter ingerido bebida alcoólica no dia anterior e não ter doenças sanguíneas, além de outras especificações que são avaliadas na triagem feita antes da doação. Tudo para garantir a segurança do doador e do receptor do sangue.
Média de 1,8 mil doações por mês
Uma única doação de sangue pode salvar várias vidas, por isso a importância de manter os estoques sempre abastecidos. Segundo a responsável pela captação de doadores do Hemosc em Blumenau, Thaise Molinari, mesmo neste período que, historicamente, as doações caem, a instituição tem conseguido manter uma média mensal de 1,8 mil doações , que servem para abastecer os 34 hospitais e pacientes da região.
— A condição do tempo afasta um pouco os doadores, assim como os mitos referente à prática de doação. Uma série de fatores que acabam influenciando da pessoa de não vir até a instituição, dentre outros itens da legislação que impedem certas pessoas de fazer a doação — aponta Molinari.
Ela salienta que o sangue doado é utilizado para inúmeras situações. São várias patologias e cirurgias que necessitam. Há uma demanda grande na região, o que evidencia ainda mais a necessidade de doações frequentes, inclusive de plaquetas.
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O engenheiro civil, Erni Daniel Zilles é um dos que decidiram doar somente plaquetas, para contribuir com o estoque deste “hemocomponente”. Ele está na sua quinta doação por aférese no ano. Este tipo de coleta é diferente da convencional, equivale de seis a oito doações de sangue tradicional. Ele conta que fazer doação vai muito além de um simples ato.
— Doar é um privilégio. Está ajudando outra pessoa sem distinção não tem preço. Quando você faz isso, está doando uma oportunidade e um tempo de vida para quem vai receber — diz o voluntário de 32 anos.