O presidente da República em exercício, José Alencar, reafirmou nesta terça-feira que a posição do Brasil é tranqüila em relação aos efeitos da crise financeira americana. De acordo com Alencar, o país vai muito bem, “apesar da política monetária”. Alencar mais uma vez defendeu a redução da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 13,75% ao ano.

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– Se estamos preocupados com qualquer coisa ligada à recessão, uma das providências é baixar os juros. E, com essa ameaça de falta de liquidez bancária, os juros para o consumidor já subiram muito, e isso é perigoso – disse após participar de um café da manhã em homenagem aos 80 anos do jornal Estado de Minas, em Belo Horizonte.

Alencar disse que a taxa de juros elevada para combater a inflação “é um instrumento correto no mundo inteiro”, mas considerou que é preciso ver o tipo de inflação a qual é aplicada.

– É como um medicamento, você não pode ministrar um medicamento para um paciente antes de um diagnóstico correto – explicou.

Segundo Alencar, “o medicamento” taxa de juros alta serve para combater inflação de demanda e o Brasil é um país de subconsumo.

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– Você não pode achatar o consumo de quem não consome, então, a política monetária equivocada se torna também inócua nesse particular. Precisamos estar atentos a isso, é a vontade nacional que poderá dar força para que isso mude, porque nem todas as pessoas enxergam ao mesmo tempo, algumas enxergam antes – afirmou.

Otimismo para o Natal

O presidente em exercício disse que compartilha do otimismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o Natal dos brasileiros não será afetado pela crise financeira:

– Acho que vai ser um bom Natal, porque o clima no Brasil é muito bom, todos estão muito confiantes.

O presidente em exercício foi recebido pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Os dois conversaram sobre a crise financeira e não trataram das eleições no Estado.

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Gráfico: entenda a crise financeira