A Alemanha sofrerá em 2009 a pior recessão desde a II Guerra Mundial, com um retrocesso do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,25% e uma queda das exportações, principal motor de sua economia, de quase 9%. A previsão foi apresentada hoje (21) pelo ministro da Economia do país, Michael Glos.

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– Eu me nego a falar em ‘crescimento negativo, gosto dizer as coisas claramente e por isso falo de retrocesso econômico – disse o ministro ao apresentar os números.

Glos advertiu sobre as consequências negativas, segundo ele, de desenhar um panorama excessivamente pessimista e, por isso, ressaltou que o Governo já vê luzes no fim do túnel para a segunda metade de 2009.

– Estamos em condições de superar a crise – afirmou, acrescentando que, em comparação com outros países, a Alemanha ainda tem a sorte de haver entrado na situação atual com orçamentos consolidados e economia forte.

Para este ano, as previsões do governo alemão partem de claras quedas nas exportações (8,9%), nas importações (5%) e nos investimentos em bens de capital (11,9%). O consumo privado que, por outro lado, foi por anos o ponto fraco da economia alemã, deverá registrar um crescimento, embora mínimo, de 0,8%. O desemprego deverá aumentar seis décimos, até 8,4% , o que se traduz em mais 500 mil desempregados, aumentando seu contingente para 3,5 milhões de pessoas.

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De acordo com Glos, o aumento do desemprego será relativamente moderado graças às medidas de apoio compreendidas nos dois pacotes de reativação econômica aprovados pelo Governo no total de 80 bilhões de euros. O ministro insistiu em que o programa de reativação econômica servirá para evitar uma queda econômica ainda maior, pois, entre outras coisas, deve incentivar o consumo sustentável através de reduções de impostos e das cotações dos seguros-saúde.