A polícia alemã investiga 31 suspeitos, incluindo 18 demandantes de asilo, pelas agressões e roubos cometidos contra mulheres, durante a noite de Ano-Novo, na cidade de Colônia, anunciou o Ministério Federal do Interior.
Continua depois da publicidade
– Dos 31 suspeitos com nomes conhecidos, 18 têm status de demandantes de asilo – afirmou Tobias Plate, porta-voz do ministério, que citou sobretudo roubos e agressões físicas.
– Também foram apresentadas três denúncias por agressões sexuais, mas as pessoas que as cometeram ainda não foram identificadas – disse.
Centena de ataques a mulheres na noite de Ano-Novo choca Alemanha
Uma centena de casos de violência sexual na noite de Ano-Novo em Colônia, no oeste da Alemanha, atribuídas a “jovens aparentemente de origem árabe”, tem causado polêmica em todo o país, cujo governo condenou os crimes, embora esteja preocupado com uma possível estigmatização dos refugiados.
Continua depois da publicidade
A chanceler alemã, Angela Merkel, conversou por telefone com a prefeita de Colônia, Henriette Reker, e manifestou “sua indignação diante desses atos de violência insuportáveis e agressões sexuais”. Outros políticos tentaram estabelecer um vínculo entre os crimes e o aumento da presença de imigrantes no país.
Escritório de Angela Merkel é isolado após pacote suspeito ser encontrado
O caso, que ganhou amplitude à medida em que novas denúncias são registradas, comoveu todo o país pela “nova dimensão” que implica a participação de “mais de mil pessoas”, que agrediram ou protegeram os agressores, declarou à imprensa o ministro da Justiça alemão, Heiko Maas.
– Trata-se de uma nova forma de crime organizado (…). Será preciso refletir sobre isso, pensar em meios para enfrentá-lo – mencionou.
Os ataques foram atribuídos a grupos de 20 a 30 jovens bêbados que se reuniram perto da Catedral e da Estação Central de Colônia. A polícia também mencionou que recebeu uma dúzia de queixas em Hamburgo, no norte da Alemanha.
Continua depois da publicidade
Segundo as vítimas, os agressores só atacavam mulheres.
* AFP