A maior feira informática do mundo começou nesta terça-feira na Alemanha, em meio a inquietações sobre questões de segurança e confidencial idade no setor, depois do “desaparecimento” de 150 mil contas do e-mail do Google.
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O salão Cebit de Hanover aborda nesta semana o cloud computing (ou “computação em nuvem”), sem responder a todas as perguntas feitas sobre confidencialidade levantadas por essa tecnologia dominada pelas empresas americanas. Com efeito, no início desta grande feira alemã realizada sob o slogan “viver e trabalhar nas nuvens”, o Google acaba de ilustrar os riscos vinculados a essa tecnologia.
O Google reconheceu problemas que afetaram o e-mail de 150 mil pessoas em todo o mundo, que perderam suas contas talvez para sempre. Apesar de o incidente ser pequeno na escala do gigante da Internet, já que afeta apenas 0,08% de suas contas de e-mail, “é a primeira vez que isso ocorre com essa magnitude”, declarou Carlo Velten, do gabinete da assessoria Experton.
– A maioria dos consumidores fazem ‘cloud computing’ sem saber – afirmou Segundo o presidente da federação tecnológica alemã Bitkom, August-Wilhelm Scheer, a maioria dos .
Segundo ele, isso ocorre quando publicam fotos de suas férias via rede social Facebook, quando jogam on-line ou quando se inscrevem em um site de encontros. Para isso, utilizam programas que não estão no disco rígido do computador, mas em uma “nuvem” de servidores dispostos em todo o mundo e acessíveis pela Internet, de forma gratuita ou mediante remuneração. Os dados são acessíveis em qualquer lugar e, para as empresas, esse sistema é menos oneroso que criar um servidor ou comprar licenças de programas informáticos.
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Bitkom calcula que na Alemanha o volume de negócios do “cloud computing” ultrapassará os 1,1 bilhão de euros em 2010, chegando em 8,2 bilhões em 2015. Essa expansão suscita uma certa desconfiança, particularmente na Alemanha, país muito preocupado com a confidencialidade, e que já obrigou o Google e o Facebook a serem mais exigentes no tratamento de dados privados.