O chefe da quadrilha de tráfico que atuava na região Norte do Estado estava detido desde 8 de outubro. A prisão não tem qualquer relação com a venda de drogas, mas com outra atividade criminosa de Márcio da Cunha, o roubo de cargas.
Continua depois da publicidade
No princípio das investigações a Deic acreditava que ele apenas financiava os assaltos, mas com o aprofundamento da apuração descobriu que além de fornecer as armas e os carros usados nos crimes, ainda dirigia os veículos durante os ataques aos caminhões.
A delegada do Grupo de Diligências Especiais da Deic Ana Cláudia Pires contou que Cunha tanto cooptava os motoristas para entregar cargas para a quadrilha como usava a violência para render alvos.
Desde que o trabalho da Polícia Civil começou, em abril deste ano, foram identificados cinco roubos de carga – equipamentos eletrônicos, cosméticos, artigos da Nike, alumínio e produtos químicos. Somente em uma ação o bando levou um carregamento que valia R$ 650 mil.
Os roubos a carga ocorriam principalmente na Rodovia do Arroz, entre Joinville e Jaraguá do Sul, que tem vários galpões e intenso tráfego de caminhões. O local ainda fica próximo ao Bairro Vila Nova, em Joinville, considerado o quartel general da quadrilha.
Continua depois da publicidade
A participação de Cunha nos assaltos acabou em 8 de outubro no sequestro do caminhoneiro Gerson Stentzlel, 41 anos. Uma falha no bloqueador do monitoramento por satélite permitiu que o veículo fosse encontrado lembrou a delegada. Com o grupo foi encontrado, inclusive, parte do alumínio levado em outra ocasião.