Rio dos Cedros, no Vale do Itajaí, é destino turístico para quem procura sossego nos lagos protegidos pelos vales do município. Cerca de 40 quilômetros de estrada de chão separam o Centro da cidade do silêncio interiorano. E é numa comunidade no meio desse caminho, costeando o Rio Milanês, que moradores mantêm uma herança passada entre gerações: a arte do vime.

Continua depois da publicidade

No bairro Milanês, onde se concentra maior parte das famílias – cerca de 100 – que se dedicam a esse artesanato, o visitante pode acompanhar todo o processo de produção das peças. Os receptivos artesãos, verdadeiros guardiões da paciência, ensinam os mais curiosos a traçar o vime para dar forma a cadeiras, jogos de mesa, baús, cestas, escrivaninhas, cômodas, sofás, armários.

– Só parece difícil, mas é simples. Basta um pouquinho de habilidade – explicou a artesã Juçara Piutkoski, de 26 anos, 10 deles dedicados a esse arte.

O município é o maior produtor de artigos em vime de Santa Catarina. A atividade responde por 10% da economia de Rio dos Cedros e é referência entre aqueles que apreciam esse tipo de artesanato. As peças produzidas ali no pacto Milanês ganharam espaço em outras regiões do Brasil e do mundo.

Continua depois da publicidade