O contexto que culminou na queda de Vanderlei Luxemburgo no Grêmio, além dos fracos resultados na temporada, inclui um atrito entre o treinador e o assessor de futebol Marcos Chitolina. Embora o presidente Fábio Koff faça questão de dizer que a decisão foi tomada de forma “madura”, o relacionamento entre a diretoria e o técnico chegou a um nível extremo de desgaste.

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O que evidencia isso é um episódio ocorrido nas últimas 48 horas, no qual Luxemburgo desacatou uma ordem direta de Chitolina, considerado uma “voz direta” de Koff no vestiário. O assessor de futebol pediu ao técnico que poupasse o atacante Welliton no jogo-treino contra o Caxias, neste sábado. O Spartak Moscou, que emprestou o atleta até o final do ano, recebeu proposta para negociar o jogador e comunicou o clube sobre isso.

Luxemburgo, entretanto, não deu ouvidos. Falou a Chitolina que só deixaria Welliton de fora caso ouvisse a ordem diretamente do presidente, o que não ocorreu. Resultado: Welliton se apresentou normalmente ao clube neste sábado e ficou no reservado durante o amistoso vencido por 1 a 0 pela equipe tricolor.

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A partir daí, a pressão pela queda de Luxemburgo, que já ocorria por parte de membros do Conselho de Administração desde a eliminação na Libertadores, frente ao Santa Fe, se intensificou dentro do departamento de futebol. Uma reunião na noite desta sexta entre Koff, Chitolina e o executivo de futebol Rui Costa definiu a saída do treinador.

Outro ponto que também teria gerado atrito é o fato de a diretoria do Grêmio definir que a intertemporada ocorreria no Olímpico. O treinador ficou contrariado com a decisão, visto que já tinha programado a estadia da equipe em Londrina-PR durante os 15 dias de trabalhos, o que incluiria um amistoso com o Flamengo – que teria transmissão de dois canais esportivos para todo o país.

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