A construção de pontes sozinha não é suficiente para minimizar o problema de mobilidade urbana. Doutor em Arquitetura e Urbanismo e professor da Univali, Luciano Tricárico, acredita que o investimento em obras de infraestrutura sozinho precisa vir acompanhado de outras ações:

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– Não adianta só fazer a ponte sem oferecer mais opções em transporte público, porque uma hora, a ponte vira um ponto de estrangulamento.

<< Cinco novas pontes bastam para o Vale? >>

O doutor em Planejamento Urbano e professor da Furb Luiz Alberto Souza concorda com a revisão do que é ofertado como transporte coletivo na cidade:

– Há quem diga que quanto mais pontes, mais carros. Mas não. Quanto mais pontes, mais estímulo a encurtar distâncias e possibilidade de as pessoas andarem, usarem a bicicleta e ônibus.

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Souza ainda sugere alternativas como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Além do caso de Paris, onde há pontes em intervalos relativamente curtos de até 500 metros, Tricárico cita o exemplo de Valencia, na Espanha, que construiu pontes para diversos modais (ciclistas, pedestres e carros) sobre o rio Turia.

O professor da Univali vai além e propõe planejamento com as chamadas zonas mistas: cidades que tenham áreas de trabalho e de moradia próximas, que evitariam deslocamentos com carros para as pessoas irem ao trabalho.