Terra de Anita Garibaldi e Antonieta de Barros, Santa Catarina é também onde viveram outras mulheres notáveis. Neste domingo (11), celebra-se 286 anos desde a criação da Capitania de Santa Catarina, em 1738. Ao longo do período, mulheres contribuíram para contar a história catarinense.
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Anita e Antonieta são símbolos femininos no Estado. A primeira, conhecida como “Heroína dos Dois Mundos”, se notabilizou pela participação na Guerra dos Farrapos. Já Antonieta foi pioneira: primeira mulher negra eleita no Brasil. Em 1934, defendeu a emancipação feminina e a educação de qualidade para todos em época em que esses assuntos ainda eram pouco discutidos.
Por muito tempo, a participação feminina na história catarinense foi invisibilizada, mas muitas mulheres vêm sendo “redescobertas” por historiadores. A seguir, conheça alguns nomes femininos notáveis na história de SC.
Veja fotos de algumas mulheres de destaque
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Conheça mulheres notáveis de SC
Maria Rosa: Figura emblemática da Guerra do Contestado (1912-1916), Maria Rosa foi uma das seguidoras mais fiéis do monge José Maria, figura central no conflito entre Santa Catarina e Paraná. Depois da morte do monge, a adolescente, que viveu a guerra dos 12 aos 16 anos, chegou a liderar quase 10 mil soldados.
Zilda Arns (1934-2010): Pediatra e sanitarista nascida em Forquilhinha, Zilda foi fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em 2023, foi inscrita pelo governo brasileiro no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.
Eli Heil (1929-2017): Uma das principais artistas plásticas de Santa Catarina, Eli Heil foi pioneira na arte naïf brasileira, se notabilizando pelo uso de materiais como saltos de sapato, tubos de tinta e canos de PVC. Sua obra pode ser visitada no museu O Mundo Ovo de Eli Heil, situado em Santo Antônio de Lisboa, Florianópolis.
Helena da Silva ou Nega Tide (1945-2010): Conhecida no circuito do Carnaval de Florianópolis, Nega Tide foi a primeira mulher a ser seis vezes consecutivas cidadã-samba na Capital, lhe rendendo o título de Eterna Cidadã Samba. Desfilava pela Copa Lord, mas era conhecida como autoridade em todo o meio carnavalesco da cidade.
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Joana de Gusmão (1688-1780): Nascida em Santos (SP), Joana de Gusmão foi uma beata que dedicou sua vida à caridade, à construção de igrejas e à educação de órfãs pobres em Florianópolis. Empresta seu nome ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital. Não foram encontradas fotos da beata.
Clotilde Maria Martins Lalau (1934-1991): Professora e militante do movimento negro no Sul do Estado, Clotilde Lalau teve papel crucial na educação e no combate ao racismo. Escrevia em jornais sobre as dificuldades enfrentadas pela comunidade negra usando o pseudônimo “Tulipa Negra”. Nos anos 1980, fez parte da Comissão Consultiva para o Resgate da Cultura Negra, instituída pelo governo do Estado de Santa Catarina
Egle Malheiros (1926-2000): Escritora e pioneira no cinema catarinense, Egle Malheiros contribuiu significativamente para o desenvolvimento da cultura cinematográfica no Estado, sendo uma das primeiras mulheres a dirigir filmes em Santa Catarina. Foi uma das fundadoras do Círculo de Arte Moderna, conhecido como Grupo Sul, movimento que durou de 1948 a 1958.
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