A investigação que terminou com o indiciamento de Jair Bolsonaro e de outras 36 pessoas é a terceira na qual o ex-presidente foi indiciado pela Polícia Federal. Antes disso, ele já havia sido incluído nos relatórios finais das investigações no caso das joias sauditas e no da suposta fraude no cartão de vacina. As informações são do portal g1.
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O indiciamento significa que a Polícia Federal identificou indícios suficientes de crime. As conclusões dos investigadores são encaminhadas à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decide se arquiva o caso, pede mais informações ou apresenta uma denúncia à Justiça. Somente se a denúncia for apresentada e aceita pelo juiz é que Bolsonaro e os demais indiciados viram réus.
O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro aparece em três listas de indiciados pela Polícia Federal (PF), juntamente com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e Marcelo Costa Câmara, ex-assessor especial do político. Os três devem responder sobre a negociação das joias sauditas, a fraude no cartão de vacinas e a tentativa de golpe de Estado.
Outro nome que se repete nas investigações é o do major reformado do Exército Ailton Gonçalves Barros, que deve responder pela falsificação dos documentos de vacinação e na tentativa de ruptura democrática.
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O indiciamento no caso da falsificação do cartão de vacina do ex-presidente ocorreu em março deste ano e foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Outras 16 pessoas foram indiciadas neste caso.
Para a PF, o grupo teria incluído informações falsas no sistema do Ministério da Saúde para beneficiar o ex-presidente, familiares e assessores. Neste caso, a PGR pediu mais investigações, o que foi acolhido pelo magistrado responsável pelo caso, o ministro Alexandre de Moraes.
Já o indiciamento na investigação sobre as joias sauditas ocorreu em julho. Segundo a PF, o ex-presidente e outras 11 pessoas teriam se apropriado indevidamente de joias milionárias recebidas de presente pelo governo da Arábia Saudita, quando Bolsonaro ainda estava na Presidência da República.
De acordo com a investigação, parte das joias foi negociada nos Estados Unidos e aliados do ex-presidente tentaram recomprá-las após a divulgação do caso.
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Neste caso a PGR também pediu novos laudos para a Polícia Federal para complementar a investigação.
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