Esses tempos ministrei uma palestra em um evento muito bacana que aconteceu aqui em Porto Alegre sobre empreendedorismo feminino. Fui convidada para, durante 30 minutos, falar sobre desenvolvimento de negócios, área em que atuo. Resolvi, no intuito de situar as participantes, contar um resumo da minha história nos primeiros cinco minutos de palestra. Tive que apressar o conteúdo no final pela falta de tempo, mas saí com a sensação de dever cumprido.
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Quando encontrei com a mulherada no coffee break – eram mais ou menos umas 500 participantes – algumas vieram falar comigo me dando retornos bem legais sobre o que eu tinha falado. Todas mencionaram justamente essa parte em que contei a minha história. Acharam legal, interessante, engraçada. Algumas até “se viram ali”. Fui pra casa super feliz com o resultado e fiquei refletindo bastante sobre isso, no sucesso que as narrativas fazem, ou melhor, na facilidade que nós temos em prestar atenção em histórias, de nos envolvermos, de sermos empáticos. Afinal, contar histórias está na essência da comunicação humana.

Por muito tempo achei que os caminhos que eu tinha percorrido nesses 32 anos de vida eram um pouco antagônicos (no lado profissional principalmente). E que, a vontade que eu sentia de conhecer tudo e desenvolver projetos em diversas áreas era falta de foco. Com o passar dos anos, minha angústia em relação a isso foi diminuindo, na medida em que o respeito e a apropriação de minhas experiências, por mim mesma, foram aumentando. Estar dentro de uma caixa com um rótulo colado nunca foi meu forte. Hoje se me perguntam qual é a minha profissão, respondo que sou designer, mas sou tantas outras coisas também. E, pelo que converso com o povo por aí, tem muita gente querendo se livrar desses ” cargos”, profissões ou trabalhos de uma vida inteira. Repensar, descobrir. Às vezes não valorizamos conhecimentos que não são aqueles ditos “formais”, esquecemos que viagens, aptidões, cursos, livros, relacionamentos, etc fazem parte da nossa formação e que, inúmeras vezes, vão fazer toda a diferença na hora de buscarmos uma carreira que nos dê prazer.

Uma vida saudável não foge disso. Dessa responsabilidade que temos sobre as nossas vidas, da força que temos quando nos vemos inteiros e respeitamos nosso corpo e nossa mente, com consciência de quem somos, das nossas dificuldades e nossas qualidades. Estar de bem consigo mesmo não são quilos a menos, nem um almoço saudável, um curso motivacional ou uma aula de ioga de vez em quando. É uma aceitação do nosso eu, com conhecimento de que não estamos prontos e que sempre estaremos em uma eterna construção. Estar de bem consigo mesmo é ter disciplina, para nos mantermos no caminho e não “sairmos do trem”.
Escolhi ser saudável. Foi realmente uma escolha. Isso inclui todas as áreas da vida, se é que dá para dividir a vida assim. Para mim isso inclui, além de alimentação e exercícios para corpo e mente, estar com pessoas que me fazem bem, ter um trabalho do qual eu me orgulho e me faz feliz, estar casada com um homem que eu amo e admiro, visitor museus, inventar programas diferentes, viajar. Claro que nem tudo é um mar de rosas, mas isso também faz parte. As nuvens negras que se instalam sob nossas cabeças e que, às vezes, custam a sair vão aparecer sempre?o segredo é tratá-las bem. (vamos tentando!)
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Mas bem, estou devagando muito já! A ideia que eu tinha quando comecei a escrever esse texto era terminar com uma receita. Fui enveredando para outros lados e agora não tem mais nada a ver inserir ela aqui. Para não perder a oportunidade, já que hoje aqui em Porto Alegre tá fazendo um friozinho bem bom (aqueles primeiros do ano que a gente adora!) e eu estou super bem acompanhada de um chá quentinho, aí vai a receita dele. Quase nunca faço chá de saquinho, só no desespero. Prefiro comprar tudo separado! Para o de hoje, coloquei camomila, canela em pau, cardamomo e uma rodela de limão siciliano. Tim tim!