O catarinense Alejo Muniz, 25 anos, conquistou o título do Ballito Pro QS 10000, na África do Sul, e assumiu a liderança no ranking do Qualifying Series que classifica dez surfistas para a elite dos top-34 da World Surf League. Com o resultado, Muniz já atingiu o número de pontos necessários para garantir classificação para o WCT de 2016. Ele fez parte da elite dos top-34 por quatro anos até perder sua vaga no ano passado, mas já garantiu o retorno com os 10.000 pontos conquistados na África do Sul.

Continua depois da publicidade

Leia mais sobre esportes outdoor no Aventura SC

– Isso é uma notícia incrível. É um sonho se tornando realidade, o de poder voltar a competir contra os melhores surfistas do mundo, contra os nossos ídolos. Tenho muito trabalho a fazer ainda, mas se estão dizendo que já estou garantido, eu acredito nisso e obrigado pela informação, pois não sabia -disse o surfista

Antes de Alejo conquistar o título do Ballito Pro na final com o australiano Davey Cathels, 24, neste domingo na África do Sul, Filipe Toledo, 20, tinha vencido a primeira de 10.000 em Trestles nos Estados Unidos e o também paulista Alex Ribeiro, 25, sido campeão do Quiksilver Pro Saquarema no Brasil. Dessa forma, as principais etapas do QS foram todas vencidas por brasileiros.

Continua depois da publicidade

Usando a força e a variedade das manobras de frontside como principal arma nas direitas de Willard Beach, Alejo Muniz foi conseguindo notas entre 8 e 10 para derrotar os três adversários que enfrentou no domingo decisivo do QS 10000 Ballito Pro. Na quarta de final contra o norte-americano Kanoa Igarashi, 17 anos, ganhou notas 8,33 e 8,17 nas duas últimas ondas que surfou para vencer por 16,50 a 13,33 pontos. No duelo brasileiro com Caio Ibelli, computou notas 7,70 e 7,67 na vitória por 15,37 a 13,63. E na grande final, abriu a bateria com 7,83 e surfou a sua melhor onda no domingo para sacramentar a conquista do título com uma nota 9,33. Alejo faturou o prêmio máximo de 40.000 dólares e os 10.000 pontos no ranking por 17,16 a 10,03 pontos do australiano Davey Cathels.

Esta foi a segunda etapa que o catarinense venceu esse ano. A primeira foi o QS 6000 Burton Automotive Pro em Newcastle, na Austrália, onde derrotou outro australiano na decisão, o bicampeão mundial Pro Junior, Jack Freestone. Este confronto Brasil x Austrália vem centralizando as atenções nas principais competições da World Surf League esse ano. Na África do Sul, as semifinais foram só com surfistas destes dois países, a primeira entre Alejo Muniz e Caio Ibelli e a segunda entre Davey Cathels e Mitch Coleborn. Agora os brasileiros estão no topo dos dois rankings, com Adriano de Souza e Filipe Toledo liderando a corrida pelo título mundial no WCT e Alejo Muniz encabeçando o QS com Caio Ibelli em terceiro lugar.

G-10 no ranking do WSL Qualifying Series 2015 – 14 etapas:

1.o: Alejo Muniz (BRA) – 22.250 pontos

2.o: Jeremy Flores (FRA) – 16.400

3.o: Caio Ibelli (BRA) – 15.300

4.o: Joan Duru (FRA) – 13.050

5.o: Alex Ribeiro (BRA) – 13.020

6.o: Davey Cathels (AUS) – 12.670

7.o: Jack Freestone (AUS) – 12.550

8.o: Stu Kennedy (AUS) – 12.300

9.o: Mitch Coleborn (AUS) – 11.200

10.o: Ryan Callinan (AUS) – 10.450

11.o: Kolohe Andino (EUA) – 10.360

Resultados do último dia do QS 10000 ballito Pro na África do Sul:

Campeão: Alejo Muniz (BRA) por 17,16 pontos (notas 9,33+7,83) – US$ 40.000 e 10.000 pontos

Vice-campeão: Davey Cathels (AUS) com 10,03 pontos (6,00+4,03) – US$ 20.000 e 8.000 pontos

Semifinais – 3.o lugar com US$ 11.000 e 6.500 pontos:

1.a: Alejo Muniz (BRA) 15.37 x 13.63 Caio Ibelli (BRA)

2.a: Davey Cathels (AUS) 13.33 x 10.60 Mitch Coleborn (AUS)

Quartas de final – 5.o lugar com US$ 7.000 e 5.200 pontos:

1.a: Alejo Muniz (BRA) 16.50 x 13.33 Kanoa Igarashi (EUA)

2.a: Caio Ibelli (BRA) 13.17 x 12.57 Italo Ferreira (BRA)

3.a: Mitch Coleborn (AUS) 16.33 x 15.67 Santiago Muniz (ARG)

4.a: Davey Cathels (AUS) 14.27 x 14.16 Soli Bailey (AUS)