Pelo segundo ano consecutivo, o campeão mundial sub-18 é do Brasil, mas pela terceira vez seguida a Austrália conquista a medalha de ouro no Mundial de Surfe Junior disputado em Hossegor, na França. Na sub-18, o catarinense Alejo Muniz herdou a medalha de ouro do potiguar Jadson André e na sub-16 o paranaense Peterson Crisanto terminou com a de prata por décimos de diferença para o tahitiano Tamaroa McComb.

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– Não estou nem acreditando. Estou muito feliz pela vitória, pois esse é meu último ano na categoria e eu queria mesmo fechar essa fase da carreira com este título. Graças a Deus consegui este título pro Brasil – falou Alejo Muniz, que não entrou na equipe brasileira pelas seletivas da CBS (Confederação Brasileira de Surf), mas foi convocado por índice técnico para competir na França.

Os dois finalistas brasileiros trilharam caminhos diferentes no sábado. O novo campeão mundial Alejo Muniz começou o dia tropeçando na final do evento principal, mas garantiu sua vaga na decisão da medalha de ouro na última bateria da repescagem.O catarinense surfou a melhor onda que entrou no duelo decisivo e com as notas 9,20 recebida nessa e uma 8,18 em outra muito boa, confirmou a vitória por 17,38 pontos, contra 16,28 do australiano Owen Wright, que ganhou favoritismo ao título com grandes performances durante a competição.

Na categoria sub-16, três brasileiros competiram no último dia. O paranaense Peterson Crisanto, dono da única nota 10 e do maior placar do campeonato, 19 pontos de 20 possíveis, venceu a final do evento principal para confirmar seu nome na decisão.

A decisão da medalha de ouro na sub-16 foi a mais disputada e emocionante da competição. Assim como Alejo Muniz, Peterson Crisanto surfou a melhor onda da grande final e ganhou a maior nota do último dia, 9,62. Só que o tahitiano Tamaroa McComb também fez bonito em uma onda muito boa que valeu 9,10 e garantiu a medalha de ouro por décimos de diferença na segunda nota computada, 8,44 contra 7,54 do paranaense.

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– Apesar do ouro ter ficado perto, estamos felizes também com a medalha de prata, pois são cerca de 30 países participando e ficamos na frente de grandes potências do surfe mundial – comemora Otoney Xavier, o técnico da seleção da Confederação Brasileira de Surf (CBS).