Música, dança, brilho, cores, fantasias e, principalmente, resistência. Mais do que uma data tradicional no Carnaval de Florianópolis, essa combinação faz do Pop Gay uma manifestação coletiva pela defesa da diversidade e dos direitos da minorias.

Continua depois da publicidade

Não poderia ser diferente nesta segunda-feira, com a realização da 26ª edição do evento na Arena Central. Uma noite para curtir sem medo de julgamentos e hostilidades.

—A intenção do evento é voltada para um público específico. Quando tem algo voltado para você, dá para se sentir mais confortável. Por isso que eu vim especificamente nesse evento, onde eu sinto que eu posso ser eu mesmo, confortável, livre e me divertir sem nenhum outro problema — destacou o estudante Jorge Lucas, 22 anos.

A "fantasia" de Jorge foi também um gesto de luta contra o preconceito. Ele decidiu circular entre o público enrolado numa bandeira com as cores do movimento LGBT.

Continua depois da publicidade

—Por incrível que pareça, o Carnaval é uma época em que as pessoas parecem mais abertas à aceitação. A galera se sente mais confortável para sair, se divertir — observou.

As cores também enfeitaram os rostos de Israel Ricardo, 34 anos, e Valdinei Fros, 42. Casados, os dois celebraram uma noite ao lado de familiares, sem que a sua união fosse vista como diferente.

—Ser assumido hoje em dia é política. É o ato de estarmos na rua representando quem nós somos. Por mais que as coisas estejam melhorando, muitas pessoas ainda sofrem preconceito. Apesar de ser aberto para todos os públicos, esse é um evento nosso — apontou Israel.