Até a tarde desta quinta-feira, algumas crianças do Lar Abdon Batista nunca tinham ouvido falar no Festival de Dança de Joinville. E, diante de olhos incrédulos de meninos e meninas, foi montado no quintal do lar um palco para que se apresentassem grupos de dança pelos palcos abertos.
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Quando as bailarinas do Grupo Lacy Flores entraram no local usando os vestidos coloridos da dança popular alemã, as crianças chegavam a prender a respiração. Algumas chegavam perto para conferir se era real.
– Como brilha – disse o menininho de três anos que alisou o vestido de uma dançarina.
Juntaram-se à festa os idosos do Lar Betânia e outras crianças da Associação Ecos de Esperança. Com bancos improvisados na frente do palco, a platéia permanecia atenta, observando cada movimento das bailarinas. Batendo palmas de acordo com a percussão da música, os espectadores não perderam nem um detalhe da apresentação.
– Realizar um espetáculo aqui foi uma iniciativa fantástica. É muito importante que eles tenham contato com cultura e dança – confessou a coordenadora do Lar Abdon Batista Anna Paula Kegel.
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Na platéia, uma jovem adolescente assistia à apresentação com sua filha de dois anos.
– Hoje, o nosso dia está diferente, com clima de festa. Estou me distraindo, me sinto feliz. Queria que sempre fosse assim – contou.
As bailarinas Gislaine Boettcher, de 12 anos, e Kamila Rebello, 13, brincaram com as crianças depois das apresentações.
– Estou adorando ver estes rostinhos alegres. Eles estão felizes de verdade, dá vontade de fazer isso sempre – admitiu Gislaine.
Depois da exibição dos grupos, o coreógrafo Sílvio Lemgruber, da Dança dos Famosos do Faustão, assumiu o microfone e fez todo mundo dançar no palco. Com mensagens de incentivo e perseverança, disse que só ia ficar satisfeito quando fizesse todos sorrirem.
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As crianças não foram as únicas a arriscar alguns passinhos de dança: a aposentada Josefa Maria da Conceição, 84 anos, também entrou no ritmo da dança. Com a ajuda da enfermeira Nágina Campos, ela dançou forró e não conseguiu reprimir as gargalhadas.
Ao fim da apresentação, Sílvio e as bailarinas se despediram de seus novos admiradores, que viam os vestidos brilhantes saírem pela porta. Algumas crianças acompanharam o grupo até a saída e ganharam das bailarinas a promessa de que o espetáculo se repetirá na próxima edição do festival.
Esclarecimento
A Oficina Mix, que faz parte da programação do Festival de Dança e que ocorre nesta sexta, no Teatro Juarez Machado, terá apresentações às 14 e às 16 horas, e não às 14 e às 16h30, como divulgado no “AN Festival” desta quarta. O horário da apresentação foi alterado pela organização após o fechamento do caderno. As duas apresentações são gratuitas.