Um golpe militar derrubou nesta quinta-feira o governo do Mali, na África Ocidental. As forças golpistas foram lideradas pelo capitão Amadou Sanogo, que confirmou a tomada do poder. As fronteiras do país foram fechadas.

Continua depois da publicidade

Sanogo disse que comanda o Comitê Nacional para a Recuperação da Democracia e Restauração do Estado (CNRDRE). Os militares alegam estar encerrando um período de governo marcado pela incompetência.

Ao anunciar a tomada do poder, os militares disseram que foram dissolvidas as instituições e suspensa a constituição do país. A mensagem foi transmitida à população por meio das emissoras de televisão.

De acordo com os militares que participaram do golpe, houve embates com a guarda presidencial. Segundo eles, alguns ministros de Estado foram detidos. As sedes das emissoras de rádio e televisão estatais foram ocupadas.

O Mali, com pouco mais de 12 milhões de habitantes, mantinha um regime denominado “semipresidencialista”. O presidente era Amadou Toumani Touré e o primeiro-ministro Cissé Mariam Sidibé. O país conseguiu sua independência da França em 1960.

Continua depois da publicidade

A União Europeia (UE) condenou o golpe de Estado e apelou pelo retorno à ordem constitucional. De acordo com informações de especialistas, a origem do golpe de é o descontentamento dos militares com a falta de meios para combater os rebeldes tuaregues no norte do país. Mali tem sofrido ataques do Movimento Nacional para a Libertação de Azawad. Oficialmente, o governo disse que o movimento é liderado por integrantes da Al Qaeda.