O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o senador Aécio Neves (PSDB) foram hostilizados em rápida passagem pela manifestação que ocorre nesta tarde na Avenida Paulista contra o governo Dilma Rousseff.

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— Ladrão. Você sabe que também é ladrão — disse a Aécio um rapaz na tenda do Movimento Brasil Livre, de acordo com a Folha de S. Paulo.

Os tucanos não fizeram discursos no ato e receberam xingamentos como “oportunista” e “ladrão”. Enquanto um grupo de protestantes aplaudia a comitiva, outro pedia “Fora Aécio! Fora Alckmin! O próximo é você.”

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Apesar da dificuldade na locomoção, o grupo, que contou ainda com senadores e deputados da oposição, seguiu em marcha rumo à manifestação após se reunir em um hotel na região. A comitiva comandada por Alckmin e Aécio seguiu até o carro de som do Movimento Brasil Livre, um dos organizadores do protesto, e, posteriormente, foram até a Alameda Casa Branca. Caminharam por mais algumas quadras, até a Alameda Itu, onde embarcaram em uma van.

Foi justamente neste trajeto que foram os tucanos foram vistos pelos manifestantes. Houve confusão quando o grupo passou, com manifestantes e vendedores ambulantes sendo derrubados. Por cerca de 20 minutos o grupo de políticos cumprimentou e tirou selfies com manifestantes. Houve discussão no cercado do MBL, se discursava ou não no carro de som. Optou-se por não haver discurso, apesar do convite feito por integrantes do MBL.

Veja imagens do protesto em São Paulo:

Sobre os gritos de manifestantes em referência a citações ao seu nome na Lava-Jato, Aécio disse que “todas as citações têm que ser investigadas e elas estão desmontando porque são falsas”. O governador disse que sua primeira participação “como cidadão” em manifestações de rua pró-impeachment não compromete a relação institucional com o governo federal. 

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— Venho como cidadão porque acho que no momento grave cada um de nós deve dar sua contribuição, ajudar o país a superar o mais rápido possível essa crise — afirmou ele.

* Estadão Conteúdo