Brasileirão que recomeça para o Avaí e para seu novo treinador. O Leão da Ilha vai deixar nove rodadas para trás, aproveitar o tempo disponível pela parada da Copa América e voltar para recuperar o prejuízo. Alberto Valentim tem no clube azurra uma chance de reconstruir a carreira depois de um frustrante término de trabalho no Vasco, ainda no começo deste Campeonato Brasileiro.
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A lanterna na Série A e ausência de vitória no primeiro terço de competição pesaram pelo término da Era Geninho no Avaí. Tanto o treinador quanto dirigentes entenderam que era necessário o chamado fato novo durante a pausa. Um novo técnico chega com tempo para conhecer o elenco e implementar um novo modelo de jogo, que prioriza a saída da zona de rebaixamento e a permanência na elite.
Para Alberto Valentim não é muito diferente. O treinador teve o trabalho no Vasco encerrado de maneira melancólica. Foram 10 meses no cruzmaltino, com a escapada do rebaixamento no ano passado – que valeu a proposta azurra -, um primeiro turno de Carioca empolgante e uma final de estadual frustrante, que se estendeu até as primeiras rodadas do Brasileirão. Assim como o Avaí, ele sacode a poeira para tentar dar a volta por cima.
— Pode ser um bom recomeço para ele. O Avaí é um time de tradição, em que a pressão é menor se comparada com a que havia no Vasco. Ele vai ter tempo para reconstruir o Avaí e ao mesmo tempo se reconstruir também. Normalmente os jogadores têm bom trato com ele — considera o comentarista Lédio Carmona, do grupo Globo.
Valentim surgiu como auxiliar-técnico no Palmeiras e em 2017 começou a carreira de treinador. O grande momento na carreira foi no ano passado, com o título carioca com o Botafogo e a ida ao futebol egípcio. Passada o meteórico trabalho na África, de apenas três jogos e abreviada por desavença com presidente do Pyramids, assumiu o Vasco em agosto passado. Agora tem a mesma missão, mas em Florianópolis.
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Missões de Alberto Valentim no Avaí
Injetar ânimo
Tanto no time quanto no torcedor. A começar pelo discurso nesta quarta-feira, na apresentação oficial. Vai precisar também no trato com o elenco demonstrar que a equipe tem capacidade de reação. Desacreditada na equipe, a torcida azurra também precisa de palavras de alento.
Ajudar com reforços
O antecessor Geninho e a diretoria azurra admitiam a necessidade, principalmente para o setor ofensivo. Ainda que o tempo de carreira como treinador seja curto, tem quase uma década de trabalho nos bastidores. O conhecimento do mercado e nomes vai ser útil ao departamento de futebol.
Nova cara ao time
Novo modelo de jogo e nova postura. Depois de passar por mudanças no comando e no elenco, o Avaí vai mudar dentro de campo. Cabe ao treinador encontrar esquemas apropriados para que a equipe encontre as imprescindíveis vitórias pela permanência na elite nacional.